Eu e o Diego já estamos acostumados a receber comentários, no mínimo, interessantes sobre nosso trabalho, mas a coisa parece ter se potencializado com a história da editora.
Tem chegado retornos bem curiosos.
Este, a seguir, é o meu preferido até o presente momento:
"Olá Diego, como vai? Peço desculpas pela demora em responder.
Li o material que me enviou, e que já adianto, superou a todas as minhas expectativas. Devo admitir que a entrevista com Danihell Slaughter foi um dos textos mais impactantes e pungentes que já li, e que comprova, inequivocamente, a função do jornalismo e do gênero “entrevista” como literatura, nos proporcionando uma experiência magnética e extasiante. E o mesmo poderia afirmar do seu quadrinho.
Apesar de todo o meu admitido encanto pelo seu trabalho, devo dar a resposta que, acredito, nós dois já conhecíamos de antemão. Devo declinar ao projeto porque os eflúvios nojentos e bafios de sua arte, assim vocês chamam, mas que tanto me admiraram, não correspondem ao meu estilo artístico e ao que sou.
Não sou um artista marginal, e tampouco tenho o desejo de sê-lo, o que não me impede de admirar aqueles, como você, à distância. Nessa jornada pelo autodescobrimento a que chamamos “vida”, como todos, procuro por expressar o que sou e por aqueles ideais que realmente me complementam, o que não posso dizer acerca deste projeto, independente de muito me ter impressionado.
Danihel Slaugther – um cara estranho que não conheço, não tenho vontade de conhecer mas que filosofa relativamente bem entre sua misantropia e provável psicose – nos estimula a mergulhar nas profundezas escuras de nossa individualidade, até que nos bastemos a nós mesmos e possamos selecionar com grande rigor aquilo ou aqueles com quem trocaremos experiências, e admito, sem delonga ou receio, que esse projeto não fornecerá a experiência que procuro.
Evitamos reconhecer por muito tempo o fato de que, quase certamente, jamais faremos um projeto em parceria, por mínimo ou singelo que seja, isso porque nossas noções de arte são provavelmente muito incompatíveis. Sendo o caso, meu caro Diego El Khouri, você não ganhou um colaborador; ganhou, no máximo, um leitor, e que temo sequer ser um leitor assíduo, mas daqueles esporádicos que não garantem mais que um ou outro momento de êxtase em contato com seu trabalho.
Tudo o que posso fazer, lamento se insuficiente, é desejar-lhe sucesso, com toda a sinceridade daquele que o admira em seu empenho e zelo como artista."
Pra mim, isso é o melhor material de divulgação que poderíamos ter para o nosso trampo.
As pessoas estão entendendo bem a coisa.
hahahahahhaa...
O nome do autor deste escrito?
Melhor deixarmos assim.
hahahahahahahaha...
Forte abraço a todos e seguimos na luta.
FSB
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