segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Dia do Quadrinho Nacional

Todo dia é dia de quadrinhos. 

Aliás, todas as artes deveriam sair de seus castelos e mundos sorridentes para pisar no solo vivente da existência. 

                                    .*.*.*.

A Editora Merda na Mão, que tem a proposta de publicar os impublicáveis, trás em seu currículo uma vasta publicação e as histórias em quadrinhos fazem parte dessa história.

                         Acompanhe nas 
        redes anti sociais as novidades. 







                     Valorize a cena nacional.

                     Adquira quadrinhos.

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Trechos da HQ Renovaceno de autoria do Ciberpajé:





 
           editoramerdanamao@yahoo.com




         
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Trechos da HQ O Filósofo da Maconha (roteiro: Fabio da Silva Barbosa; desenho: Diego El Khouri)















quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

O mal eterno

  

Aqui não tem mocinho!

Não sou nada de bom!

Escolhi o mal e meu único amor é a perversão.

Prefiro ser cruel e desumano.

Desejo a alcunha de grande vilão profano.

 

Aqui não tem bondade, não tem amor, nem tão pouco caridade.

Dedico minha vida à prática das mais infames atrocidades.

Regozijo com brutalidade, o massacre e todos os atos mais vis e covardes.

 

Sou ruim, cultuo a desgraça e transpiro infelicidade que fere, machuca e mata a falácia da tal bondade.

 

Não sigo as regras em moda nessa patética e fraca sociedade já completamente morta.

 

Nos meus olhos, tenho apenas fúria em chamas.

Nas minhas mãos, empunho artefatos que tiram lágrimas e expõem nervos  e toda a carne que sangra.

 

Tenho ereções com a crueldade que recheia minha visão insana de vilão.

 

Mocinhos são fantoches.

Vilões são os tiranos e, sim, são seus algozes.

Cuspo nas regras sociais, seguidas por pseudo mocinhos, hipócritas, narcisistas, babacas e imorais.

 

Sou o que sou.

Não tenho raça, gênero ou cor.

Sou o que sou.

O mal, a fúria e o eterno rancor.

Sou o que sou.

Existem muitos de mim.

As portas fechadas, os cadeados trancados, as armas disparadas, as bombas explodidas e as prisões vigiadas.

São monumentos a minha existência, minha saga amaldiçoada.

 

Não importa se és homem, mulher, criança, velho ou aleijado.

Se cruzar meu caminho, serás despedaçado.

 

Sou o que sou.

A chama se apaga quando minha existência acaba.

Sou o que sou.

Mais uma estrela explode entre milhões de galáxias.

 

Sou o que sou.

 

A morte do vilão é anunciada pela boca do mocinho com gosto de vitória.

Daqui a um terço de segundo, um choro de bebê, comemorado ou odiado, anuncia que o vilão está de volta ao jogo e vai causar estrago.

 

Sou o que sou.

 

A vida celebrada hoje.

A morte chorada agora.

O véu da viúva fingindo que chora.

 

O mantra bizarro de despedida, com beijos e lágrimas falidas na carne morta, fétida, apodrecendo ou apodrecida, devidamente encaixotada para a boca faminta da terra que irá mastigá-la e engoli-la.

 

O prego no caixão que fecha a "última porta".

 

Mas sendo quem sou, entendo, compreendo e sei que pecado jamais sai de moda e ninguém sabe o que é de fato o amor, o bem desejado e a beleza da flor.

 

Talvez os ratos nasçam para procriar e pragas espalhar.

 

Talvez os vermes existam para cadáveres habitar e devorar.

 

Os mocinhos são a mentirosa afirmação da praga de ratos que sucumbiu no porão, onde se escondem os sentimentos mais puros do grande vilão.


*Alexandre Chakal é carioca, publicitário, jornalista independente, musicista, escritor, poeta, locutor freelancer, zineiro, editor do blog Metal Reunion Zine à 15 anos.  Um eterno inconformado com o cenário social e as péssimas gestões políticas do país mais rico da America Latina.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Rolando em nosso twitter:


Na busca constante de se entender e procurar entender o mundo onde vive é que Rafael Vaz começou suas primeiras experimentações com as palavras https://www.revistaobule.com.br/2023/01/biqueira-de-rafael-vaz.html

‘Biqueira’, de Rafael Vaz https://viladeutopia.com.br/biqueira-de-rafael-vaz/?unapproved=95415&moderation-hash=20f7a45a1a6043e5e431ee3a6d10f1dc#comment-95415

Zine 'Blasfemo' e as descidas aos infernos https://www.revistaobule.com.br/2023/01/zine-blasfemo-e-as-descidas-aos-infernos.html

Lançamentos do projeto O HIP HOP FAZ DA ARTE AO MOVIMENTO, do ICEA Malvina

*Nossa Luta https://www.youtube.com/watch?v=w0B7SlUp548 *Flores do Gueto https://www.youtube.com/watch?v=1yYsNiuvUQU *Da arte ao movimento https://www.youtube.com/watch?v=57vUzWKIay4 Apoio mútuo sempre

- Você já viu os dois últimos lançamentos de Bruno Enrico? *deus Desigualdade https://www.youtube.com/watch?v=9VFqiSzJX9g *Lobotomia Neoliberal https://www.youtube.com/watch?v=N5zSBDEwYT4 Conheça mais sobre o trabalho deste parceiro da Editora Merda na Mão
https://www.youtube.com/@BrunoEnrico

Zine Reboco Caído

Há mais de 10 anos na estrada Mais de 60 números Colabore com a próxima edição adquirindo material da FSB&RC PROD/DISTRO Contribua para um underground forte e producente Pedidos e contatos: fsb1975@yahoo.com.br
http://www.tribunaescrita.com/2022/12/editora-merda-na-mao-zine-reboco-caido.html

Em nossa coluna semanal da Tribuna Escrita, trazemos dessa vez os novos parceiros da EMNM - REVISTA O BULE https://www.tribunaescrita.com/2023/01/em-nossa-coluna-semanal-da-tribuna.html

Utópica Liberdade #25 - Lanceiros Negros

https://www.youtube.com/watch?v=ZQTThVGkEBw

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domingo, 22 de janeiro de 2023

A arte pesada de Edson Baptista na Editora Merda na Mão

 Edson Baptista é quadrinista e poeta. Sua arte é carregada de força e movimento. As imagens que produz em formas e palavras são carregadas de significados. O mano é um grande parceiro da Editora Merda na Mão e no final desse ano de 2023 vamos publicar uma HQ desse maluco (ele já está produzindo esse trampo). 


                            Aguardem novidades!


Abaixo deixo algumas páginas de HQ para conhecerem melhor sua arte além de poemas de sua autoria: 





Poemas:


 levem a bandeira nacional
canarinhos
levem-na para bem
distante daqui
levem a seleção canarinha
canarinhos
e o ouro na carne
de quem ri
o pé de galinha
o osso
a pelanca no vazio
do que se diz 
almoço 
vinte e oito vidas
e mortes sem rosto

cantem essa última canção, canarinhos 
para que, finalmente, 
consiga dormir
meu sono desperto
e quebradiço 
desesperançoso 
eu suplico
a um Morfeu que deixou
de me iludir

levem também
toda essa gente de bem
os crentes, os católicos
os que dizem amém
amém?
levem os militares
a totalitária saudade
o hino putrefato
o verde oliva
levem os mares
para que os cadáveres
que ali encontram-se
possam ressurgir
como uma fênix perdida
na vã tentativa
de esquecer o que permitimos
existir

levem-me também,
oh, canarinhos
levem-me, pois desaprendi
como sorrir

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 gambiarra 

aquele gato permanece por horas
encostado na grade
eu sei pois permaneço encostado
na minha grade
mirando o nada
que é a visão
da minha janela
não sei se o sol nasce
desse leste
ou de qualquer outro

espero

que seja
o meu
leste 

alguém refoga o arroz
o cheiro invade
as minhas narinas
famintas
e tenho feito café
num fogareiro improvisado
tenho improvisado
bastante

tenho improvisado uma vida

como o brasileiro que sou
gambiarras são banais
como o brasileiro que sou
as vicissitudes são normais

ademais

já deveria estar acostumado
a perder
até porque
como o tupiniquim que sou
conto estrelas já falecidas
iluminando o seu pós morte
somente pela resignação

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Edson Baptista com a camisa da EMNM:



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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Os filhos do novo século.


Gravidez planejada?

Coisa de gente abastada.

Filho desejado?

Querer infeliz alienado.

Maternidade querida?

Hormônios em transe, loucura ou rebeldia.


Centenas e milhares

Fruto do álcool e preservativos ineficazes


Milhares e milhões 

Nascidos da violência

Filhos da inconsequência


Milhões em multidões

Indesejados e odiadas

Acasos de abortivos vencidos e não descartados


Acidente do coito desprotegido que não foi interrompido.


São filhos da guerra civil

Do crack, da cocaína, da cachaça...

São pequenos filhos da puta que pariu.

Abortos mal sucedidos

Caminhando rumo ao abate ou quem sabe suicídio?


Amor, termo banalizado.

Paixão, doença para manipulado.

Os filhos do novo século 

Pobres seres condenados.


*Alexandre Chakal é carioca, publicitário, jornalista independente, musicista, escritor, poeta, locutor freelancer, zineiro, editor do blog Metal Reunion Zine à 15 anos.  Um eterno inconformado com o cenário social e as péssimas gestões políticas do país mais rico da America Latina.

**Ilustração por Rabiscos Psicóticodélicos - https://instagram.com/rabiscospsicos

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Poeta Claudio Willer (1940-2023)

 Homenagem da Editora Merda na Mão  ao poeta, ensaísta , crítico e tradutor brasileiro, o dionísiaco Claudio Willer: 









domingo, 15 de janeiro de 2023

NOVIDADES DOS PARCEIROS - REVISTA O BULE

 Olá, desbravadores!


Somos, hoje, uma das revistas que mais divulgam a literatura brasileira contemporânea e independente. Ela será o foco desta newsletter.

Milton Rezende, colunista da Revista O Bule, leu e resenhou Whisner Fraga, e o resultado é a resenha A propósito de o 'privilégio dos mortos'. O resenhista, aí, destaca características importantes sobre a obra de Whisner, como a poeticidade da narrativa e uma interlocutora virtual com quem o narrador dialoga.

Biqueira, de Rafael Vaz, desde a capa (uma pessoa em cujas mãos está uma latinha se prepara para dar o primeiro trago no livro), mostra a que veio: publicar poemas com policiais, moradores de rua, traficantes, jovens, rappers, sem tentar colorir ou pintar a realidade. Tudo é muito cinza e banhado de sangue.

"Parece que somos todas madrastas", crônica de Clara Braga, reflete sobre o peso que recai sobre o termo "madrasta" e, em consequência, as mulheres.

O incansável Krishnamurti Góes dos Anjos, o escritor mais resenhista do Brasil, em "Para que afinal se faça luz" aprofunda na obra de Alex Andrade. Compensa demais conhecer este autor (como todos os outros)!

Estamos com uma campanha beeem legal que queremos apresentar a vocês, a Literatura em Redes, que funciona em três frentes: 1) parcerias com sítios coletivos; 2) banco de dados para amantes da literatura; 3) Mutirão da Literatura Brasileira Contemporânea (uma rede de (auto)divulgação entre escritores). Para saber mais, clique AQUI.

Por enquanto é só!
E vamos que vamos.
Editores da Revista O Bule.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

O poeta bruxo Glauco Mattoso sobre a Editora Merda na Mão

 Oi! Aqui é o Akira! Glauco pediu para postar em 12/01:


Hoje quero registrar meu reconhescimento a um sello alternativo muito valente que publicou dois livros meus em papel: ARACHNOPHOBIA e DESHUMANISMO. Tracta-se da editora Merda na Mão, creada por dois guerreiros zineiros, Diego El Khouri e Fabio da Silva Barbosa. Aqui vae uma admostra de ARACHNOPHOBIA.


DISSONNETTO DA BIBLIOTHECA EMPOEIRADA [1431]


O velho litterato continua,

embora ja caduco, a, todo dia,

achar que seu artigo contribua

com dados para o jogo da utopia.


Em busca duma idéa, vae à sua

trancada bibliotheca, onde se enfia

no meio da poeira: não recua

emquanto mais um texto não copia.


Nem nota que uma aranha ja passeia,

emquanto olho ninguem 'inda poz nella,

sem pressa, em seu sapato e, pela meia

subindo, alcança os pellos da cannella.


Só berra, appavorado, quando sente

aquillo que a "cosquinha" mais revela

na pelle, mas ainda não na mente:

que falta àquella salla uma janella.







Título: Arachnophobia
Autor: Glauco Mattoso
Formato: 14X21 cm
Páginas: 53
Capa: cartão 300 c/ laminação brilho
Diagramação da capa: Jackson Abacatu
Diagramação do miolo: Fabio da Silva Barbosa
Arte da capa: Diego El Khouri
Miolo: offset fosco
Revisão: Wagner Teixeira
Ano: 2021





Título: Deshumanismo em Dissonetto
Autor: Glauco Mattoso
Formato: 14X21 cm
Páginas: 208
Capa: cartão 300 c/ laminação brilho
Diagramação da capa: Jackson Abacatu
Diagramação do miolo: Fabio da Silva Barbosa
Arte da capa: Diego El Khouri

Ano: 2022

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terça-feira, 10 de janeiro de 2023

[Resenha] Álbum em quadrinhos Renovaceno: análises e interpretações críticas sobre nossa inter-relação biológica com práticas cotidianas, por Carlos de Brito Lacerda


Carlos de Brito Lacerda com seu exemplar de Renovaceno

Renovaceno é um álbum de HQs elaborado pelo artista transmídia Ciberpajé, também conhecido como Edgar Franco, com proposta poético-filosófica dinâmico em sua aparência para dicutir em essência aspectos pós-humanistas e para a transcendência, visto que apresenta estórias elaboradas com técnicas de inteligência artificial e tradicionais operando para provocar a partir de suas leituras, análises e interpretações críticas sobre nossa inter-relação biológica com práticas cotidianas ancoradas por ações questionáveis sobre ética, moral e compromissos com Gaia. Desde nossa relação com a dinâmica do planeta, o amor carnal e a geração de prole e a relação dessa com tecnologias das mídias sociais essa obra nos instiga para o sentir-pensar-sentir-agir. Nesse amálgama de cenários seria possível transcender?? Busque conhecer essa publicação e então participar dessa discussão contemporânea.

RENOVACENO conta com prefácio do artista multimídia e professor Dr. Octavio Aragão (UFRJ), e posfácios da arte cientista e professora Dra. Danielle Barros (UFSB) e do quadrinhista e professor Dr. Gazy Andraus (UFG). A obra pode ser adquirida através do e-mail da editora: editoramerdanamao@yahoo.com

* Carlos de Brito Lacerda é educador e ativista cultural em Goiás.

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Título: Renovaceno
Autor: Ciberpajé (Edgar Franco)
Formato: 29,5 x 21 cm
Páginas: 68
Gênero: Hq
Ano: 2021

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