No meio de tanto inferno global, eis que uma boa notícia surge. Uma notícia maravilhosa, para falar a verdade. Ahed Tamimi foi libertada na noite de ontem (quarta-feira). O criminoso Estado de Israel a deteve utilizando sua desculpa predileta para cometer arbitrariedades: "Incitação ao terrorismo". Esta faixada de combate ao terror, permite a Israel que reprima, prenda e torture os ativistas que usam da ação direta para lutar, se opondo ao massacre cometido por Israel contra o povo palestino. Estamos falando de uma ocupação que visa não só tomar as terras palestinas, como dizimar um povo e denegrir sua cultura.
Mas espera aí... Você sabe quem é Ahed Tamimi?
A família Tamimi é muito conhecida por seu ativismo contra a violenta ocupação israelense. Seu povoado, Nabi Saleh, encontra-se na chamada área C, a parte da Cisjordânia sob controle administrativo e militar israelense. Vários dos Tamimi morreram em confrontos com os militares e poucos não passaram por alguma prisão ou centro de detenção. Isso inclui o pai dela, Bassem, que já foi encarcerado várias vezes.
“Não me deixavam viver uma vida normal, por isso escolhi a resistência à ocupação”
Ahed, aos 11 anos, se destacou ao enfrentar com muita coragem os soldados israelenses. Aos 14, tentou impedir a detenção de seu irmão mais novo. No meio do conflito, mordeu a mão de um militar. Ela foi presa pela primeira vez aos 16 anos, em dezembro de 2017, após um confronto com soldados. Ficou oito meses em uma prisão israelense. Ao ser libertada, expressou o desejo de estudar direito, com o objetivo de processar Israel em tribunais internacionais por violações e crimes de guerra relacionados à ocupação. Em dezembro de 2016, tentou viajar para os Estados Unidos para fazer sua palestra, No Child Behing Bars/ Living Resistance (Nenhum criança atrás das grades/ A resistência vivia), mas teve seu visto rejeitado.