Mais um programa punk atropelando a cena!!

 

Eis o primeiro episódio do programa Versos e Cortes. Nesse programa vamos recitar poemas de autores diversos. Começamos com Diego El Khouri, o outsider da galáxia de parnaso e um dos idealizadores da lisérgica punk Editora Merda na Mão , recitando Psicologia de um Vencido do grande Augusto dos Anjos (1884-1914).

* Poema decorado pelo El Khouri aos 14 anos de idade

Raspando os pentelhos com que finalidade?

 

Por Fabio da Silva Barbosa

 

Pulem os muros

Derrubem as cercas

Destruam todas as malditas fronteiras

 

Algo só vai mudar

Se você se movimentar

Ninguém quer paz para se anular

 

Carne moída no arroz

Só não sei carne de que

O melhor mesmo é nem saber

 

Estourando as bolhas

Queimando as caixas

Rompendo sempre com transgressão

Pra terminar o ano atropelando tudo - resistência Palestina, rap combativo e censura na arte

 ***

Pra terminar o ano atropelando tudo vamos reprisar o papo recente que tivemos com manos do grupo de rap Ktarse, Igor Rocha do C.D.O. e o artista visual Thiago Augusto.

             O papo é sobre  resistência Palestina e censura na arte.

***

                 

A música do Ktarse intitulada Nazisionismo (https://youtu.be/t7xxtJr6KaU?si=9lT7ENq5gY6At6-B ) foi censurada do Spotfy e todos nós da resistência artística e cultural sabemos que não é por acaso esses ataques que estamos sofrendo.

Então fiquem ligados nesse papo.

Deu Merda 92

Censura na arte / Causa Palestina

Horário: 15 horas

Dia: 30/12/2023

Nesse link: https://youtu.be/YVKLIBZ95gs?si=-5T_218q83GK2e8G

Mensagem natalina escorrendo sangue e arte - páginas manchadas de hemoglobina

 No canal do YouTubodigestivo da lisérgica punk EDITORA MERDA NA MÃO:

No blog Metal Reunion Zine: http://metalreunionzine.blogspot.com/2023/12/navalha-na-carne-edicao-16-sangue-e.html

Navalha na Carne - Edição 16 - Sangue e Carne na farsa natalina com 13° salário.

Sangue e carne na farsa natalina com o 13° salário.

Por: Alexandre Chakal 

E chegamos em mais um dia 24, no décimo segundo mês de um ano que caminha para o fim. Coincidentemente, em um mundo que avança para sua ruptura final. 

Mas pode duvidar ou nem ler o texto abaixo. Afinal é Natal. 

 Tá tudo bem! Tá tudo bom e tá muito legal. Certo?

Nem sei porque escrevi isso aqui. 

Talvez sejam os barulhos e vozes na minha cabeça ou apenas vontade de criar conteúdo para essa coluna destinada a protestar e se manifestar. Mesmo ciente que esse será um protesto praticamente silencioso e sem relevância para os poucos que vão ler.

Mas vamos lá!

Mais uma vez, a TV nos trás suas mensagens idênticas ao ano anterior, as empresas com propagandas emocionantes, na medida exata do consumo que desejam do seu público alvo, as lojas com promoções focadíssimas em mastigar todo o 13° de seus clientes, os supermercados com montanhas enormes de comidas sazonais, vendidas à preços sazonais, para absorver boa parte dos décimos terceiros, também sazonais de sua clientela cotidiana.

As igrejas, repetindo aos berros que é aniversário do seu, do meu, do nosso salvador, que ele voltará, e também, claro, focadas no 13° de suas fieis ovelhas do dízimo, que por sua vez, devem continuar temendo o Diabo e pagando 10% de tudo que ganham por sua salvação. 

"Se tá ruim para você irmão, a culpa é da sua fé fraca ou porque está indo para a macumba ou frequentando a concorrência.", dizem alguns gestores desse negócio muito lucrativo. Arrisco a dizer, que soja, ouro, cocaina e Jesus Cristo, são as coisas mais lucrativas que temos por aqui.

E ai de você, questionar o que é dito nas igrejas hoje em dia. 

Ai de você hein! 

Boca fechada não ganha beijo de urubu em cemitério clandestino.

 As cadeias, cada vez mais lotadas de indignidade, doenças, barbáries, desumanidade...Mas apesar disso, em clima eufórico, com presos exaltados, focados nas já conhecidas e também sazonais, saidinhas de Natal. Pratica estatal, que por sua vez, é extremamente necessária para aliviar os custos que o estado tem para a manutenção desse sistema prisional ineficaz ou para outros motivos, que com certeza as pessoas tipo você, não desejam saber para não estragar esse clima mágico natalino. 

Os detentos, também focados no 13° de suas possíveis vítimas. Vitimas felizes, que assistem TV, frequentam lojas, compram em supermercados e são fieis financiadores de alguma dessas igrejas capitalistas que estão na moda, já faz um tempo. 

Os puteiros, as bocas de fumo, as biqueiras, as casas de Swing, e os redutos fetichistas extasiados com esse clima gostoso e contagiante que vem acompanhado do já citado e famoso 13° salário.

As financeiras, os agiotas, as entidades estatais, seus sócios da iniciativa privada, as seguradoras de bens, já pensando no novo ano que está logo ali. IPVA, IPTU, Seguros de automóveis, seguros de celulares e residências, propinas legalizadas, pagamentos de segurança obrigatória ou inserida a força no cotidiano do brasileiro. Tudo isso, já chega em janeiro, junto com a fatura do cartão de crédito usado até hoje. 

Curiosamente, essas contas e faturas nunca são extraviadas pelo serviço de entregas. É, o mesmo serviço que não entregou aquele celular comprado no Natal passado, alegando que você foi o (a) culpado (a) por morar em uma área de risco. Lembra?

 Mas pode ficar tranquilo (a), caso as faturas e boletos sejam extraviadas fisicamente, elas chegam certinhas no e-mail cadastrado ou na notificação do APP que é instalado com orgulho pelo usuário do serviço.

As fantasias são desejadas por todos. 

A ofensa é perpetrada para alguns ou para todos.

As necessidades são criadas para o lucro daqueles poucos.

As tragédias são inevitáveis, mas também imagináveis para tantos outros.

Os fogos de artificio estarão na celebração, seja na cobertura avaliada ao preço de um quarteirão ou na exuberante mansão de celebridades, políticos e pastores enriquecidos por dízimos. Frequentadas por gente poderosa, bonita e seus serviçais fantasiados de amigos, mas que são apenas apadrinhados, amantes ou cúmplices, beneficiados por algum ato político ou não de nepotismo ou corrupção.

As balas perdidas e achadas na carne pobre e preta, alvejada nas lajes, escolas e berços das favelas, periferias ou sarjetas recheadas da infinita miséria. 

Oprimidas, esquecidas, silenciadas maltratadas e totalmente vencidas.

O panetone gourmet na gondola do supermercado de granfino.

O pão mofado e mijado no lixão do seu lado, habitado por gente invisível.

Qual deles será considerado o corpo santo de Cristo?

O charuto entre os dedos do feliz grisalho, sorridente e endinheirado, que ostenta em seu colo, uma ninfeta de silicone novo, cabelos platinados e dentes perfeitos, encapados por lentes de contato.

O cachimbo de pedra nas mãos encardidas do jovem maltratado, prostituído, sem dentes,pedinte e viciado, que bebe água da latrina e come restos de lixeiras habitadas por moscas  verejeiras.

Qual dessas fumaças é similar a fumaça que anuncia a chegada de um novo Papa?

A mesa farta na casa da tia pensionista de um General da reserva, juiz, desembargador, ou Almirante da Marinha.

As sobras sujas na pia da tia favelada, sem pensão, com muita fome, sem família e sem nada para saciar sua triste existência.

Qual delas se parece mais com a santa ceia celebrada na noite desse dia em sua casa?

Os nascimentos bons e ruins. 

Celebrados ou lamentados.

Os sepultamentos bons e ruins.

Festejados ou silenciados.

Os abortos, criminosos, condenados pelas igrejas e pela lei proibidos. Arcaicos, artesanais e quase sempre, mal sucedidos. Para pretos, pobres e toda essa massa de famintos, que faz sexo sem conhecimento, consciência, tempo e dinheiro para aplicar métodos contraceptivos.

A gravidez interrompida da patricinha branca, cristã, linda com aparência de rica, quase sempre, filha da tradicional família, bem resolvida, antenada, religiosa, contra o aborto e a favor da vida.

Realizada sem nenhuma interferência de autoridades, religiosos ou polícia, em plena luz do dia, naquela clinica chique, acima de qualquer suspeita, porém também clandestina. Devidamente acompanhada do médico e advogado de estimação de sua poderosa família, ilibada e muitas vezes, devidamente eleita pela democracia. 

As festas, naquelas coberturas com vista para o mar, com drogas liberadas e também proibidas, com bebidas caras e muita cocaína Premium importada, seguidas de orgias com menores e muita alegria de pessoas bem sucedidas, de bem, de família, abençoadas e totalmente despreocupadas ou apenas preocupadas, se amanhã "vai dar praia".

As fastas nas lajes e vielas, regadas de drogas proibidas e malhadas, com bebidas vencidas e baratas, interrompidas de forma brutal por tiros de fuzil, pisoteamentos, atropelamentos, assassinatos, disputa de territórios, opressões estatais, spray de pimenta, bombas de efeito moral, esculacho e muita madeirada de quem mete bronca de polícia. Pessoas mal sucedidas, de bem, de família, amaldiçoadas pela pobreza e preocupadas com as incertezas da vida.

Os contrastes podem ser vários, milhões e milhares.

Vivemos em um lugar que coleciona barbaridades.

A diferença não é notada.

A indiferença já está enraizada.

O contentamento com o pouco ou até com o nada.

A regra de convivência é facilmente aplicada.

Ou escolhe o silencio, ou escolhe o tiro e muita porrada!

É Natal! 

É amor! 

É renovação! 

É ilusão! 

É o amargo sendo adocicado por memes na tela do celular, podcasts, lives, Streamings ou na voz macia e telepática que emite ordens da Smart TV de última geração, paga em mil parcelas no cartão. 

É o perdão!

É a gratidão! 

É humor!

É celebração!

É a cartinh do Serasa chegando feliz no seu portão.

As brigas seguidas de morte, opressão, miséria, a fome e a rotineira falta de sorte para a maioria de pais, filhos e netos da dor de pobre. 

Os massacres em escolas. Coisas de última moda.

As chacinas com motivações repetidas ou novas.

O feminicido por quem não aceita o 'não' como resposta.

Os prêmios desejados no bicho e nas loterias.

As fomes diversas nas periferias.

Os amores nascidos das carência ou dependências.

A violência nascida da intolerância ou ausência.

Os horrores que levam a demência e alimentam à apatia.

O ódio por gêneros diferentes do azul e do rosa padronizados por velhos idiotas.

O deus que não tolera atabaques, imagens ou o termo entidades.

O Exu erroneamente julgado e condenado como diabo.

A pombo gira rotulada como puta, feiticeira e traiçoeira.

O seguidor desse deus único, agora está armado com uma pistola Tauros novinha, pronto para matar, maconheiros, homossexuais, lésbicas, macumbeiros e aqueles rotulados como satanistas, comunistas, esquerdistas...

Isso é valido em nome da família e ponto final! Leia a Bíblia!

Eles!? A família!?

O tal estado é laico, é Natal, mas isso de família, é pauta importante por aqui. Em nome da honra do aniversariante de hoje, da família, das crianças. Eles desejam a morte dos diferentes. Segundo eles mesmos, é justo e vai alegrar o seu, o meu e o nosso Deus. 

Silêncio por favor. 

Nem pense nesses argumentos bestas, de professorzinho Marxista de faculdade de maconheiro.  

Não esqueça, eles agora estão armados e devidamente treinados nos milhares de estandes de tiro, que cresceram na mesma proporção que as igrejas por aqui.

Enfim. Preserve seus dentes e sua integridade física. Silêncio.

Os sonhos despedaçados por falta de dinheiro ou status social adequado a eles.

Os dissabores rotulados como coisas do destino, que se transformam em desistências existenciais e muitas vezes suicídios. 

Jamais deles.

As redes sociais bombando, gerando engajamento, ditando comportamentos, lançando modas, alimentando criticas, fomentando invejas, aquecendo bate bocas, causando excitação, ditando cancelamentos, incentivando compartilhamentos, marcações, vendendo mercadorias, produtos, corpos, nudez, pornografia e todo tipo de entretenimento legal ou não.

Reforçando dia-e-noite o apelo emocional para mais uma data que se repete todo ano de forma normal, consumista e regimental.

Também, claro, focadas no lucro de seus anunciantes, parceiros, celebridades, acionistas, coachs inúteis e influencers desimportantes, que alimentam o circo virtual que cabe nas palmas das mãos que os interessam. 

O lucro sempre será relevante.

30 moedas de prata é coisa do passado. 

Vem de PIX!

Uma data especial, onde todos ou quase todos ficam felizes, animados ou apenas menos tristes e conformados.

A carne e o sangue estarão nas ruas, seja no açougue ou nas calçadas e coletivos lotados, muitas dessas "carnes", com o 13° salário no bolso, na carteira, no banco, na bolsa... excitadas com a possibilidade de gastar, de usar a função aproximação na hora de pagar, de comprar, bancar e  consumir a carne e o sangue do salvador de todas as almas que vivem por aqui. 

Gastar, comprar, consumir, ostentar, sem pensar no futuro,  sem nenhuma ideia de quando irão "partir", se conseguem quitar essas compras ou se vão optar por fugir?

Será que ser salvo é conseguir fugir?

"Carnes", que passam o ano inteiro focadas em possuir, esperançosas no tal 13°, sonhadoras em ser sorteadas na mega da virada, herdar uma bolada da tia moribunda abobada ou ter seu nome incluído no testamento de um veio da lancha pervertido e com saúde fragilizada?

Alimentando todos os dias, desejos minúsculos, que para uma seleta elite, não significam nada, ou quem sabe, apenas uma pequena porção de camarões VG, em algum iate, servida por uma acompanhante de luxo, sorridente, de biquíni transparente ou totalmente pelada? 

A "carne de primeira" desejada, financia a destruição da carne e do sangue de centenas ou milhares de "carnes" que sobrevivem amontoadas, humilhadas, esfomeadas e sufocadas. Sem Iate, sem lancha, sem Jet sky, sem pensão de General, sem cobertura e sem mansão.

Enquanto esse clima feliz, "dá as cartas" mais uma vez por aqui, o mapa da fome ainda avança veloz, centenas de mãos sem Smartphones catam ossos para se alimentar, os lixões alimentam e patrocinam a desesperança de milhares de pequenas crianças.

A Russia ainda ataca Ucrânia, Israel ainda caça o Hamas e mata crianças palestinas desarmadas, alegando legitima defesa e soberania, o Sudão, segue implantando uma ditadura militar nos moldes brutais, já conhecidos na história contemporânea daquela parte da Africa. Mas a TV nunca gastou tempo relevante de audiência para falar sobre os genocídios que ocorrem na África, para a mídia, é apenas mais um levante de suas milícias armadas por poder político e supremacia étnica. E para os interesses de uma elite bem pequena, é importante que a África continue se matando. Tem muito diamante e petróleo desejado por eles.

A Venezuela, nossa vizinha, declara que terras da Guiana são suas, acendendo mais um barril de pólvora no planeta, visto que a Russia, talvez esteja esperando ansiosa que os Estados Unidos intervenham nessa questão. Mais uma possibilidade de guerra na busca constante por soberania sobre os combustíveis fósseis disponíveis no globo terrestre.

A Tesl@, segue buscando idéias para povoar Marte com a minoria que pode pagar a viagem, e também, evoluindo seus robôs e sistemas de inteligência artificial, para um futuro próximo, onde a mão de obra humana, será totalmente substituída.  Pense. Toda inteligencia artificial dentro do cérebro artificial de um robô com 50 ou 100 vezes mais força física que um humano médio? Bingo!

Mas jamais eles vão afirmar uma coisa absurda dessas. Nem eu deveria.

Antes, eles devem lançar um super Smartphone, muito legal, que vai fazer você esquecer por completo esse papo furado de Marte e robôs humanoides mais fortes e qualificados que você.

 E por ai vai. Mas é Natal. 

Divirta-se! Seja feliz! Esquece isso.

Não ligue para esse monte de texto inútil. 

É Natal para você, talvez um dos únicos que conseguiram ler até aqui. 

Duvido que alguém leu até aqui.

Lembrei. 

Maceió está com risco de afundar literalmente. Mas mineração sem fiscalização do estado, já é esperada nessa república, que inclusive, já teve um presidente com nome bem parecido com marcas de tintas plásticas, Collor. Adivinha só de que estado brasileiro ele é? 

Somos um povo que elege para cargos de gestão pública, pessoas desqualificadas para os serviços mais básicos. Damos poder e salários atrativos para inaptos que sequer passariam em uma dinâmica de grupo, destinada à candidatos que possuem apenas o ensino fundamental.

Não tem como ser diferente. Vai dar ruim! Aqui é o Brasil porra!

A invasão de terras por grileiros e garimpeiros, destruição de florestas nativas, poluição das águas com metais pesados, produtos químicos e esgoto sem tratamento, espécies que habitam a mata atlântica sendo extintas e desaparecendo para sempre junto com sua vegetação. 

Coisas normais por aqui. Nem perca os seu precioso tempo pensando nos indígenas mortos e violentados pela "evolução" do Brasil. Isso tá rolando desde 1500 e não existe empenho real em solucionar nada. Os Ianomâmis que o digam. Ainda mais sendo Natal, né?

Nada que um bom copo de vinho e uma fatia de pernil não façam você esquecer esse monte de papo.

Come uma rabanada ou um arroz com passas, que tudo passa.

Com a chegada do verão,  catástrofes naturais estão prestes a acontecer no Brasil, de forma parecida com o ano passado, retrasado..., pois catástrofes naturais nos inícios de ano por aqui, acontecem sempre, sempre e sempre vão acontecer. 

Mas está tudo bem, contanto que você esteja com carne e sangue sagrados ou não na mesa, no seu corpo e possa usufruir do 13°, seja o seu, de alguém ou até um 14°, quem sabe?

Uma feliz farsa! Com carne e sangue na sua, na minha, na nossa mesa.

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Esse texto não foi submetido a nenhuma revisão, foi escrito direto, sem preocupações com termos similares, palavras repetidas e também, não foram considerados quaisquer erros de pontuação ou concordância. 

Mas foda-se! 

Quem se importa com o que não será lido por uma sociedade adestrada a ler textos curtos nas redes, escutar áudios em velocidade 2 no Whatsapp e  compartilhar fake news de  forma automática, sem nenhum questionamento ou leitura?!

Foda-se!

Alexandre Chakal é carioca, pai, publicitário, jornalista independente, designer, musicista, escritor, poeta, locutor freelancer, zineiro, editor do blog Metal Reunion Zine à mais de 15 anos.  Um eterno inconformado com o cenário social e as péssimas gestões políticas no país mais rico da America Latina.

Mais uma oportunidade de encontrar a Editora Merda na Mão fisicamente

 

EDITORA MERDA NA MÃO

MUITO ALÉM DO VIRTUAL

O martírio dos que dizem não

  

Por que nos perseguem e humilham

oprimem e acorrentam

matam e deturpam

?

 

Será apenas por sermos diferentes

representarmos perigo a sua farsa

não acreditando em suas mentiras

?

 

Tantas falácias e ilusões

criam  cemitérios povoados pela tétrica certeza falida

neste triste calvário chamado vida

.

 

Mas mesmo assim seguimos em frente

pois não queremos as possibilidades que nos oferecem

como se fossem fórmulas mágicas decadentes

.

- Fabio da Silva Barbosa -

Acompanhem nossos canais e fiquem ligados

 

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*Consultem também nossos catálogos:

Poesia

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Contos e textos diversos

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acendo meu fiel baseado

Por: edu planchêz pã maçã silattian 

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para começar equilibrar os chakras, respiro, bebo água, 

pingo embaixo da língua 4 gotas de floral, 

como uma banana d'água, 

faço um pouco de polarização energética 

bebo mais água, engulo um calmante

e acendo o meu fiel baseado,

agora o dia começa, minha senhora,

levantou e veio ler o que estou escrevendo,

ela não é a matilde de pablo neruda, nem a galla de dali,

muito menos frida de diego reviera,

e sim a feiticeira catarina crystal 

de edu planchêz pã maçã silattian rei lagarto

                                ******

Corte do programa Deu Merda:

Poesia e ayahuasca

Conversa afiada sobre a RESISTÊNCIA PALESTINA, próximo domingo, no instragado

 

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Chega junto para trocar ideias e debater sobre este importante tema

Ciberpajé, autor que publicou na EMNM, fala sobre Inteligência Artificial no programa Mundo UFG

 

                        

                                **************

[CIBERPAJÉ NA TV UFG] Edgar Franco fala sobre ARTE E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL no Programa Mundo UFG, confira no link:

https://youtu.be/eHhTmvqtyBo

Por: Ciberpajé 

Amigos, no dia 27 de novembro eu fui um dos convidados do programa MUNDO UFG da TV UFG, o tema da edição ao vivo foi Educação e inteligência artificial - Efeitos da IA na pesquisa, na arte e no trabalho. 

Fui convidado para tratar das questões relativas à arte e inteligência artificial e minhas experiências pioneiras de pesquisa nesse campo no contexto do Grupo de Pesquisa CRIA_CIBER que eu coordeno na Faculdade de Artes Visuais da UFG. Confira nesse vídeo um corte do programa com as falas do Ciberpajé.

Além de mim o programa completo contou também com a participação dos professores Joana Peixoto (professora IFG), Júlio Vann (professor IFG), Sérgio Amadeu (professor UFABC) e Paulo Sobreira (professor IESA/UFG) e pode ser conferido na íntegra no link:

https://www.youtube.com/watch?v=M8zwZaGtAbI

+

Pra relembrar:

 programa Deu Merda número 58 __ lançamento da HQ Renovaceno de autoria do Ciberpajé __ obra lançada pela Editora Merda na Mão:

https://www.youtube.com/live/lsmoRIpyMpQ?si=BunJ1mL_GaZe597d

Título: Renovaceno

Autor: Ciberpajé (Edgar Franco)

Formato: 29,5 x 21 cm

Páginas: 68

Gênero: Hq

Ano: 2021

Temos o prazer de voltar a receber... Ela... que é demoníaca, blasfema e, sobretudo, profana... Ela... que matou de horror a própria peste...

ELA

       Indy Sales

 

Diego El Khouri é premiado na categoria MELHOR FANZINE GOIANO no "I Prêmio Nacional de Fanzines e Artezines" realizado durante o IV Festival de Artes Ciberpajelanças / Editora Merda na Mão ocupando os espaços

 Por: Diego El Khouri

A arte sempre fez parte de minha existência. Muito cedo eu já sabia quem eu era e o que queria nessa vida. O primeiro livro que escrevi aos 8 anos de idade (uma obra com mais de 100 páginas ) já trazia um texto complexo, um linguajar vasto e que encerrava na história uma moral filosófica  e profunda. Claro que essa estranheza me trouxe inúmeros problemas familiares. Ser diferente é um preço alto que se paga nessa sociedade careta e reacionária. Vivi 1000 vidas em uma só, inúmeras situações nessa jornada louca do poeta errante. Mergulhei na adolescência no punk (não sou mais punk porque não sou museu mas o "faça você mesmo e a transgressão comportamental do estilo ainda permeiam meus passos e a Editora Merda na Mão, veículo de publicação independente criada com o grande escritor e irmão Fabio da Silva Barbosa, trás fortemente esses elementos contestadores). 

A vida como obra de arte, a estética paradoxal (do idílico ao torpe), me levou a vivenciar situações surreais mais loucas que qualquer biografia de artista maldito que se vê por aí: sexo desenfreado, drogas diversas , leituras obsessivas (cheguei a ler um livro por dia em longo período), viagens, exposições de pinturas, eventos poéticos, bares sujos, loucuras, transcendências... Tudo... Praticamente tudo que fiz na vida foi na busca de ter mais ferramentas para a criação. Realmente  poderia aqui relatar algumas passagens  de minha jornada nesse planetinha louco, mas quero me concentrar em um importante prêmio que fui contemplado esse final do ano de 2023.

Tive a honra de ser premiado no "I Prêmio Nacional  de Fanzines e Artezines" que ocorreu durante o IV FESTIVAL NACIONAL DE ARTES CIBERPAJELANÇA  na categoria  MELHOR FANZINE GOIANO com o zine FALA AÊ , PORRA!!! nr. 2 lançado pela lisérgica punk EDITORA MERDA - um evento organizado pelo grupo de pesquisas Criaciber realizado na Faculdade de Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás e tendo como orientador o grande artista multimídia Edgar Franco, conhecido também como  Ciberpajé. Pra mim foi uma imensa satisfação receber tal reconhecimento, ainda mais nesse momento singular e complicado no qual estou atravessando. Esse grupo  apresentou 1 ano de pesquisa desenvolvido na universidade e o tema desse ano foi Arte transmidiática contra o binarismo anticósmico. 

Ao receber esse prêmio (que muito me emocionou) fiz um discurso inflamado contando resumidamente a história da Editora Merda na Mão, sobre essa ceninha tosca e careta de Goiânia e valorizando as exceções do caminho. Foi Phoda receber esse puta reconhecimento, ainda mais na semana que uma escritora da UBE (União Brasileira dos Escritores) disse que nosso trabalho não ia ser respeitado nunca e que parecia papo de "revoltadinho". Revoltadinho o caralho!!! É revoltadaço!! Mas avisem essa senhora que eu não inventei a subversão e temos conexões com a cena undeground transgressiva/underground do mundo como, por exemplo,  Seborreia Recife  aqui do Brasil ou a Murder Records da Holanda. A intenção é também  ser indigesto, porém o que mais  me impressiona é a falta de conhecimento histórico dessa galera com diploma e acesso a cultura. Pior ainda quando utilizam exemplos citando nomes como o  bardo Paulo Leminsk usando o poeta como exemplo de rebeldia bonitinha e comporta... com esse tipo de afirmação revelam ainda mais a falta de conhecimento. 

Preguiça  ou meramente preconceito? 

Não seremos nunca respeitados? Somos arte de combate e não buscamos tapinhas nas costas e nem aplauso da plateia. Estamos  fora de qualquer modinha! Nosso bagulho é outra coisa! É a clandestinidade, o desbunde, a imoralidade, o ódio aos senhores. Cuspir no sacrário, esquartejar a palavra, vomitar na cara sem graça da caretice... Porém,  mesmo tendo essa postura de enfrentamento fomos estudados em uma disciplina da  Faculdade de Letras de São Carlos (SP), dois  projetos de TCC , tese de mestrado, além de acervo em biblioteca federal, projeto pedagógico em escola pública  do Mato Grosso, etc. etc. etc.. É muita coisa e não vou me atentar agora nesses relatos. Aqui no blog e em todas as redes anti sociais estão todas as ações já desenvolvidas pela EMNM. 

Se quiser conhecer você que adentre esse labirinto!!

Foi louco perceber nesse evento que tinha uma galera de outros estados que conhecia o nosso trabalho. A ideia é essa mesmo: espalhar arte,  ocupar os espaços, dar um chute na bunda dos vermes. O mais phoda  foi ver uma galera de  apenas 18 anos de idade que foi ao evento porque curte  pra caralho o trampo da lisérgica  punk Editora Merda na Mão.

Temos essa ideia de enfrentamento e choque. O nome da editora já diz muito pra que viemos. Arte indigesta e ingovernável. Eu e Fabio estamos em dois grandes polos reacionários: Goiás e Rio Grande do Sul. Isso é bem simbólico. Críticas são bem vindas, mas já ouvi aqui nesse estado coronelista e moralista muito argumento  bizarro: que os palavrões e gírias que eu falo nos vídeos atrai os espíritos das trevas e isso afasta o  público, que nunca vamos estar  na modinha (hahahhahhahaha), que a editora contribui  com o fortalecimento do bolsonarismo porque é o momento de fazer arte fofinha e goodvibe para não acender a fúria ainda mais dos fascistas, que nunca vamos comprar um carrão com essa editora (povo viaja demais ) e  se nenhum autor que a gente publica não está ganhando muito  dinheiro está errado (publicamos geral sem cobrar nada)... Por incrível que pareça são comentários que ouvi aqui em Goiânia... Não precisa gostar, mas tenho preguiça de argumento burro...

Irônico: o zine FALA AÊ PORRA nr. 2 (a capa é uma xilogravura que fiz  no ateliê de gravura da  Faculdade de Artes Visuais na UFG, obra essa que é uma releitura de uma pintura minha, óleo sobre tela, da série Clown)  em uma das páginas trás essa crítica ácida e pesada que tenho com a hegemônica cena goiana:

Trecho do zine Fala Aê Porra!!! nr. 2

Capa do zine zine Fala Aê Porra!!! nr. 2

Título: Fala "Aê", Porra!!

Editor: Diego El Khouri

Formato: 14X21 cm

Páginas: 24

Arte da capa: Diego El Khouri

Título: Clown reflexivo Técnica: óleo sobre tela Dimensões: 100 x 80 cm Artista: Diego El Khouri

Espaço Ruptura Cultural

* Quadrinhos que a EMNM ganhou do artista Alian

*Zines que a EMNM recebeu do zineiro e pesquisador Gazy Andraus