sábado, 6 de março de 2021

Sintese infinita


Um virus rompe o tímpano de quem me escuta cantar e pede para eu parar

Meu amor não é mais pretensioso e eu nem lembro mais a finalidade da vida além de vencer cada idade

Agradecendo na mais profunda profundeza que meu pulmão aguenta mergulhar no fundo do mar

Selando minha cabeça com o escuro do mundo

Sombreando a moda, complexificando a urbanidade

Mortos são assaltados à mão viva na saída dos xopins cemitérios

Aldeias atras de aldeias, não há uma pedrinha no horizonte que dê fim a vista

Meus olhos são demônios

Vim apagar a luz e te beijar na beira da capivara

Tranquilo

Porque a policia já me conhece,

Não preciso fugir hoje


Thiago Morés

Sem comentários:

Enviar um comentário