sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

[Resenha] Álbum em quadrinhos Renovaceno: uma obra extremamente necessária! Por Adaor Oliveira

 


Renovaceno é uma obra extremamente necessária. Deve ser lida e relida várias vezes, pois sempre encontraremos novas nuances em meio aos signos que permeiam suas páginas. É como pensar na traição/não-traição de Capitu a cada vez que se relê Dom Casmurro (aliás, sempre achei que Bentinho tinha ciúme era de Escobar, por quem era apaixonado de verdade).

Consegue-se ler o livro com mais fluidez conhecendo a semiótica de Charles Sanders Peirce, para quem o objeto teria, por meio de sua relação com o sujeito, através da linguagem, a representação da realidade. Para esse filósofo, a unidade semiótica seria o signo: o estímulo com parâmetro dotado de significado.

Adaor Oliveira com seu exemplar de Renovaceno.



Desde a apresentação, o prefácio, até os posfácios, Renovaceno merece

Renovaceno é uma obra extremamente necessária. Deve ser lida e relida várias vezes, pois sempre encontraremos novas nuances em meio aos signos que permeiam suas páginas. É como pensar na traição/não-traição de Capitu a cada vez que se relê Dom Casmurro (aliás, sempre achei que Bentinho tinha ciúme era de Escobar, por quem era apaixonado de verdade).

Consegue-se ler o livro com mais fluidez conhecendo a semiótica de Charles Sanders Peirce, para quem o objeto teria, por meio de sua relação com o sujeito, através da linguagem, a representação da realidade. Para esse filósofo, a unidade semiótica seria o signo: o estímulo com parâmetro dotado de significado.


Adaor Oliveira com seu exemplar de Renovaceno.



Desde a apresentação, o prefácio, até os posfácios, Renovaceno merece atenção e dedicação total às letras e traços, com uma estética que nos coloca de frente com a realidade, mesmo parecendo, aos olhos desavisados, que se trata de uma ficção científica longínqua de nosso ser.

Conseguimos enxergar o estilo do Ciberpajé nas histórias, numa maneira original e própria de contar e trazer aquilo que necessitamos contemplar. Do mesmo jeito que reconhecemos Drummond, Machado, Clarice, Guimarães, quando os lemos, não há como não reconhecer o Ciberpajé assim que colocamos os olhos sobre o que por ele foi produzido.

Em tempos de pandemia, de corações tão desolados e dilacerados por mortes causadas por um presidente genocida, que odeia seu próprio povo, é necessário pensarmos numa renovação interna e externa, numa transmutação, num pedido de S.O.S. ao "seu moço do disco voador", aquele mesmo que aparece na música de Raul Seixas.

É no caos que as coisas acontecem, que o superego freudiano se desfaz nós coloca em contato novamente com nossa eu profundo. E isso a obra mostra com maestria, nos tirando de nossa zona de conforto.

O Ciberpajé toca o alarme, cabe a nós ouvi-lo e a ele nos atentarmos, transbiologicamente, transdigitalmente e transcendentemente, sem transfobias, sem preconceitos, sem amarras, mas nos inquietando constantemente, dentro de uma aurora pós-humana.

* Adaor Oliveira é filósofo e educador. 

Para adquirir o álbum Renovaceno envie e-mail para a editora:
editoramerdanamao@yahoo.com
 atenção e dedicação total às letras e traços, com uma estética que nos coloca de frente com a realidade, mesmo parecendo, aos olhos desavisados, que se trata de uma ficção científica longínqua de nosso ser.

Conseguimos enxergar o estilo do Ciberpajé nas histórias, numa maneira original e própria de contar e trazer aquilo que necessitamos contemplar. Do mesmo jeito que reconhecemos Drummond, Machado, Clarice, Guimarães, quando os lemos, não há como não reconhecer o Ciberpajé assim que colocamos os olhos sobre o que por ele foi produzido.

Em tempos de pandemia, de corações tão desolados e dilacerados por mortes causadas por um presidente genocida, que odeia seu próprio povo, é necessário pensarmos numa renovação interna e externa, numa transmutação, num pedido de S.O.S. ao "seu moço do disco voador", aquele mesmo que aparece na música de Raul Seixas.

É no caos que as coisas acontecem, que o superego freudiano se desfaz nós coloca em contato novamente com nossa eu profundo. E isso a obra mostra com maestria, nos tirando de nossa zona de conforto.

O Ciberpajé toca o alarme, cabe a nós ouvi-lo e a ele nos atentarmos, transbiologicamente, transdigitalmente e transcendentemente, sem transfobias, sem preconceitos, sem amarras, mas nos inquietando constantemente, dentro de uma aurora pós-humana.

* Adaor Oliveira é filósofo e educador. 

Para adquirir o álbum Renovaceno envie e-mail para a editora:
editoramerdanamao@yahoo.com

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