Aflição do sujo
Incomodo do impuro
Ojeriza do imundo
Bicho homem absurdo
O nojo mais profundo
Os ritos obscuros
Oh maldito mundo!
As unhas encardidas
Azedas, frageis, falidas
Cheiro que incomoda narinas.
Mãos diversas
Ignoradas por mãos perversas
As bocas abertas
De fome de sede
As pernas abertas
Coitos, partos e abortos
As mãos acariciam
As peles que buscam o vazio
O vazio esta na mente
Com idéias julgadas dementes
Oh filhos de mentes dementes
O lixo com escremento, Olhos sem brilho, lamento
As mãos imundas que catam descares, de outras mãos limpas, tratadas, desejadas, na moda e amaldiçoadas.
Quem sabe?
Dizem que Herodes matou milhões crianças para acertar uma.
Você lava suas mãos antes de comer o seu santo pão?
*Alexandre Chakal é carioca, publicitário, jornalista independente, musicista, escritor, poeta, locutor freelancer, zineiro, editor do blog Metal Reunion Zine à 15 anos. Um eterno inconformado com o cenário social e as péssimas gestões políticas do país mais rico da America Latina.
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