Fala aí, galera descaralhada que segue os canais da Editora Merda na Mão.
Hoje vamos falar mais um pouco sobre nosso próximo lançamento:
O Filósofo da Maconha
Além de falar sobre a maconha, já que o personagem principal é um maconheiro de carteirinha, a HQ passa por diversos outros assuntos.
Quem abrir este trabalho, vai se deparar com páginas que falam sobre a pandemia, combate contra a podre direita que saiu do esgoto e ainda perambula por aí, preconceitos, parasitismo político e muito mais.
Mesmo quando tratamos do assunto canábico, não é da maneira rotulada e carimbada como a única possível, o jeito como deve ser ou, em casos mais extremos, a verdade. O Filósofo da Maconha não tem nada a ver com a caricatura chata de sempre do maconheiro good vibes, quase como do mundo encantado dos unicórnios. Aqui se trata de um maconheiro urbano, cheio de conflitos e defeitos. Um cara dark/punk, com todas as suas raivas e frustrações. Um personagem que foi construído preservando seus nervos, ossos, vísceras, sangue, pus, catarro , mijo e demais órgãos e fluídos produzidos por suas glândulas pútridas.
Outros personagens reforçam o espírito guerrilheiro e contestador da obra. Talvez o Carniça seja um dos tipos mais significativos dessa tropa oriunda das frieiras caóticas dos pés dos nossos tempos. Mas quando falamos em guerrilheiro contestador, não esperem algo acadêmico ou como é descrito no manual. Isso não será encontrado em nenhum ponto da obra. Ela vem encharcada de muito ácido e deboche, recheada de loucura e dos paradoxos humanos. Ninguém carrega o troféu de santo, muito menos de exemplo para porra nenhuma.
O quadrinho, além de muitas coisas, pode ser considerado uma quebra de paradigmas que não se ajusta a qualquer normatização. Seus personagens são fundamentais para isto, sendo construídos com todo cuidado para não acabarem se enquadrando em qualquer tipo pré estabelecido. Desejávamos, desde o primeiro momento, criar mensageiros do caos e desordem, reflexos incisivos do mal que nos rodeira e tenta insistentemente nos corromper enquanto indivíduos livres e desobedientes que somos. Afinal, ninguém aqui quer ser colocado em uma caixinha pronta. Falando em desobediência, talvez este seja um outro ponto importante que ainda não falamos por aqui. Mas vamos devagar, pois o assunto é vasto e precisaríamos de um verdadeiro tratado para falar de tudo. Acontecerão outras postagens até o lançamento.
Para resumirmos o assunto da desobediência e não perdermos a linha de pensamento em que estávamos indo até então, podemos dizer que nossos personagens vivem o conflito, são frutos do conflito e, principalmente, são extremamente insubmissos. Não há espaço para paz e amor quando falamos destas criaturas extremamente bestiais e inconformadas, fugitivas das hordas do inferno apocalíptico. Eles vivem em constante guerra contra o que está posto como verdade.
Uma ideia que demorou mais que o esperado para ser lançada, mas que já está na reta final e estamos babando de tesão para vê-la concluída. Ver este artefato explosivo passando de mão em mão, espargindo a quebra de tabus e a completa destruição de paradigmas ultrapassados.
Acompanhem por aqui e em nossas redes antissociais.
Até o lançamento teremos novas postagens e informações.
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