domingo, 25 de junho de 2023

Papo estranho

 

Os pés feridos

e os braços pendendo

As mãos dormentes

e a apatia no olhar

 

Mesmo se estiver cheio de gente

no vagão do trem subúrbio

Mesmo se estiver cheio de gente

no maldito centro da cidade

 

Perambulando a esmo em meio a multidão

O Sol quente na cabeça

Os olhos totalmente opacos

Maldita multidão

 

Gastrites, úlceras e frieiras

Vermes e parasitas de montão

E ter de sobreviver a mira do extermínio social

Mais um corpo, mais um presunto, já virou assunto banal

Por Fabio da Silva Barbosa


Sem comentários:

Enviar um comentário