No dia 13 de fevereiro de 2022, ia ao ar, pela primeira vez, a coluna "Arquivos Explícitos", nesta época utilizando o subtítulo "Contos e Crônicas da Ópera Rock do Terror Cotidiano".
Inicialmente, Fabio da Silva Barbosa havia pensado a coluna para um site onde o responsável queria algo mais encharcado da podre positividade tóxica que desmobiliza qualquer esboço de reação e leva a uma apatia oligofrênica alienante. O trabalho do autor ia no sentido exatamente oposto, em rota de colisão.
Tranquilidade total sobre o que deveria ser feito. O material da primeira coluna foi enviado de imediato para uma das poucas pessoas que estenderiam a proposta sem nenhuma dificuldade. O negócio tinha a ver com o tempo presente. Um tempo de ódio e desgraça, depressão e suicídio... toda a sorte de coisas ruins acontecendo a todo o instante, por todos os lados. Não havia tempo para perder com esperanças tolas de um universo inocente. Estávamos no universo indecente da podridão e precisavam ser feitos os registros organizados em verdadeiros arquivos explícitos. Chakal curtiu a batida e fez a arte.
Carregando o subtítulo "Contos e Crônicas da Ópera Rock do Terror Cotidiano", a coluna produziu um farto material dividido em duas temporadas. Todo material foi feito de forma catártica, durante forte inferno psíquico e avalanches de problemas infinitos. Um autor soterrado pela imundície, produzindo algo que não deve, nem precisa ser rotulado, justamente por não ser um produto cuidadosamente pensado para poder portar o pomposo título de arte. Isso se trata de ataques terroristas, ataques de diarreia, infecção intestinal... Surtos... Momentos angustiantes de pessoas angustiadas. Pessoas que povoam cada canto. O horror da depressão se avolumando e sufocando a chamada civilização.
Eis que nascem as "Notas Subterrâneas". Uma nova etapa da coluna. Isso já em maio de 2024. O autor altamente perturbado e atormentado por seus demônios. Infortúnios escorrendo por cada orifício. Aquele tipo de coisa que explicar seria impossível e desnecessário. As velhas chibatadas com a fivela de metal do cinto estalando em suas costas. Uma espiral de horrores que se aprofunda ainda mais no velho precipício, conhecido de longa data.
Agora se chega ao fundo que cada vez fica mais fundo, profundo, imundo...
O que está por vir? - Imprevisível
Quanto tempo irá durar? - Imprevisível
Conseguiremos suportar? - Imprevisível
Enquanto não chegam as novas escarradas
confiram o que rolou até então
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