Morreu Jaguar, o cartunista que fundou O Pasquim e meteu o dedo sujo de nanquim na cara da escrota ditadura.
Ele era desses que cuspia riso contra farda, ironia contra censura e deboche contra todo o moralismo podre que ainda insiste em feder nesse país.
Se a morte é inevitável, ao menos que seja com a risada atravessada no dente. Jaguar foi, mas deixou o traço armado, o humor de navalha e o aviso eterno: ditador nenhum segura a gargalhada.
No país da caretice e do genocídio cotidiano, é preciso lembrar que humor também é munição.
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✍️ Editora Merda na Mão — rindo da tragédia e desenhando a bofetada.
Jaguar (1932 - 2025)
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