Morreu Jaguar, o cartunista que fundou O Pasquim e meteu o dedo sujo de nanquim na cara da escrota ditadura.
Ele era desses que cuspia riso contra farda, ironia contra censura e deboche contra todo o moralismo podre que ainda insiste em feder nesse país.
Se a morte é inevitável, ao menos que seja com a risada atravessada no dente. Jaguar foi, mas deixou o traço armado, o humor de navalha e o aviso eterno: ditador nenhum segura a gargalhada.
No país da caretice e do genocídio cotidiano, é preciso lembrar que humor também é munição.
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✍️ Editora Merda na Mão — rindo da tragédia e desenhando a bofetada.
Entre um trago e um foda-se nasce a blasfêmia mórbida do delírio canábico!
Uma HQ maldita, parida na fumaça e na fúria!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
126 páginas cuspindo fumaça, vômito metafísico e gargalhada anarquista — roteiro do alucinado Fabio da Silva Barbosa, desenho insano do outsider Diego El Khouri e prefácio ritual do xamã digital Ciberpajé.
Publicado direto do esgoto cósmico pela Editora Merda na Mão.
Filosofia tragada no pulmão do caos.
Terror contra a moral de plástico.
Gargalhada escatológica na beira do abismo.
👉 50 na mão / 60 via correio.
Corre, maluco, antes que esse grimório de fumaça se evapore do mapa!
Os últimos meses da minha vida têm sido surpreendentes. Uma avalanche de acontecimentos tomou conta do meu cotidiano e, mesmo sem postar muito por aqui, o trabalho nas sombras segue cada vez mais insano, produtivo e intenso. A Editora Merda na Mão nasceu com a proposta de publicar os impublicáveis e, nos primeiros anos — mesmo fudidos, sem grana, sem emprego e muitas vezes doentes — publicamos mais de 50 obras, organizamos festivais musicais, lançamos CDs e muito mais no campo cultural. Tudo isso com o intuito de contribuir de forma ousada, trilhando caminhos nunca antes explorados. Foram madrugadas e madrugadas dedicadas intensamente a esse intento. Nestes 5 anos de existência e resistência, não pegamos um único centavo dos autores que publicamos. É um trampo realmente na contramão de tudo que se vê por aí!
Como todo trabalho de resistência, obstáculos imensos surgem a todo momento. Além disso, oportunistas — que vivem só de discurso e, na primeira oportunidade, revelam sua fraqueza e desonestidade — tentam se aproximar, pensando apenas em lesar financeiramente até um projeto como esse, que não visa lucro algum. Ser de verdade é pra poucos, tá ligado?
No texto Entre a Exclusão e o Renascimento: A Palavra Insurge (https://editoramerdanamao.blogspot.com/2025/08/entre-exclusao-e-o-renascimento-palavra.html), falo um pouco sobre os próximos passos da Merda na Mão. Até quando esse projeto vai durar eu não sei, mas o que já foi feito até aqui é gigante demais — ainda mais sabendo que foi construído totalmente sem recursos financeiros, sem estrutura e enfrentando o demônio da luta feroz pela sobrevivência. Bagulho loko!!!
Aqui, incansavelmente nas sombras, sigo reestruturando as coisas. Novidades estão por vir. Alguns projetos vão levar tempo, outros já estão em andamento. Tenho uma lista imensa e potente de ações: eventos revolucionários, ocupações de espaços, intervenções urbanas.
Um exemplo é o projeto Ruas e Cores: Hip-Hop em Tela (acompanhe no Instagram @hiphopemtela), em que pretendo documentar e reinterpretar artisticamente a cena vibrante do hip-hop goiano. Vou capturar batalhas de rap, grafites e outras manifestações urbanas por meio da fotografia, que depois serão transformadas em pintura. Serão 12 telas pintadas, com uma parte significativa já finalizada.
Outro trabalho em andamento é a série Urbanidade e Memória — Arte Negra e Descolonização do Olhar em Aparecida de Goiânia. Esse projeto valoriza e reconhece a importância dos artistas negros na cultura local, com a produção de 10 pinturas inéditas. Eu, Diego El Khouri, outsider da galáxia de Parnaso, vou representar artistas negros de Aparecida de Goiânia, cada pintura acompanhada de relatos que preservam e celebram suas histórias. A exposição propõe um novo olhar sobre diversidade cultural, unindo arte, memória e representatividade. Ambos projetos contam com a produção de Lívia Batista, produtora cultural, pesquisadora, artista do movimento, especialista em inovação no setor público e idealizadora do Festival Itinerante de Vídeodança D’Olhar.
Além disso, estou finalizando a HQ Frida — A Advogada Mais Ousada do Brasil, com desenho meu e roteiro do grande escritor Fabio da Silva Barbosa (que já não faz parte da equipe da Merda na Mão, mas ainda teremos outras colaborações, como a HQ Carniça – A Apologia da Destruição – Substâncias Ilícitas, Crimes e Outras Especiarias). Também não posso deixar de mencionar a HQ XXI, de minha autoria em roteiro e desenho — um trampo de 200 páginas já finalizadas, que agora entra em processo de diagramação para, enfim, ser impressa como verdadeira dinamite da arte sequencial.
Outro passo importante será a publicação da trilogia do poeta visceral Gutemberg F. Loki. Para isso, vamos utilizar pela primeira vez a plataforma de autopublicação Uiclap.
Pra quem não conhece:
📚 Autores independentes podem publicar seus livros gratuitamente, em versão impressa e/ou digital.
🖨️ A impressão é sob demanda (o livro só é impresso quando alguém compra, evitando custos de tiragem).
💸 O autor define o preço de venda e recebe royalties por exemplar vendido.
🛒 Os livros ficam disponíveis no site da Uiclap e em marketplaces parceiros.
🎨 É possível enviar capa e miolo prontos ou usar ferramentas da própria plataforma.
Ou seja: uma forma de colocar um livro físico ou digital no mercado sem precisar de editora tradicional nem arcar com custos altos de gráfica.
É a alternativa que encontrei para adiantar esses trabalhos. Essa plataforma só não publica HQ, mas para poesia e prosa é perfeita. Já estamos em agosto, não sei se conseguiremos lançar ainda este ano a trilogia do camarada Gutemberg, mas já fechei com um parceiro para a diagramação. Se não for em 2025, no início de 2026 essa obra estará no mundão!
Então é isso, maloquerada!!!
VOCÊS NÃO TÊM IDEIA DO QUE ESTÁ POR VIR!!! OS BAGULHO MAIS LOKO A GENTE NEM MENCIONOU AQUI, MAS JÁ ESTAMOS NOS BASTIDORES TRABALHANDO INCANSAVELMENTE PRA ARRANCAR DO MUNDO DAS IDEIAS E LANÇAR NO PLANO CONCRETO DA EXISTÊNCIA!!!
Semana passada em apenas um dia 16 vídeos do canal da Editora Merda na Mão ( https://www.youtube.com/c/EditoraMerdanaM%C3%A3o ) foram excluídos sem motivo nenhum e sem aviso prévio e nem póstumo. Aconteceu bloqueios semelhantes em outro momento. Sabemos que as big techs estão na mão de fascistas nojentos e que a internet é uma ilusão. A revolução não vai partir exclusivamente desse espaço como algumas pessoas acreditam. Abandonar de vez esses locais digitais também não creio que seja a melhor estratégia já que não existe espaço vazio, mas é óbvio que para uma editora independente subversiva e indigesta os eventos presenciais, a rua, os espaços, os encontros (...), são fundamentais para fortalecer projetos tão à margem. E digo e repito sempre: excluir 16 vídeos do nosso canal sem aviso, sem rastro é uma mutilação covarde da memória marginal que sangra, mas não silencia. Merda na Mão resiste, cuspindo na cara da censura digital!
Muita coisa aconteceu nos últimos meses. Desde um "camarada de luta" ter sido super desonesto com o pouco dinheiro da Merda na Mão, falta de uma estrutura mínima para participar dos eventos, a luta brutal pela sobrevivência... editora que desde seu nascimento não pegou 1 centavo sequer dos autores para publicarem seus livros, além de outros obstáculos pesados que não carece ficar mencionando. É de fato um projeto social sem fins lucrativos e que tem a proposta de publicar os impublicáveis, aquelas pessoas que tem um puta trabalho cultural, mas não encontram locais e nem grana para realizarem seus sonhos.
O nosso público que nos acompanha deve ter percebido a diminuição do fluxo de nossas publicações (seja no campo digital ou impresso)... Mas o que não fica à mostra pra galera são os problemas pesados que nos bastidores passamos, ou passo, melhor falar, Já que estou sozinho na parada oficialmente desde o dia 22 de Junho desse ano.
Temos pelo menos 3 quadrinhos para publicar além de uma trilogia em livro. Depois desses lançamentos vou analisar e ver se é viável ou não continuar com esse projeto da Editora Merda na Mão, ou de alguma forma, renovar sua estrutura e finalidade. Em vez de publicar vários autores me concentrar na minha produção de quadrinhos e poesia, talvez... não sei... vamos ver...
Fora isso estou com dois projetos grandes no campo das artes visuais ( https://elkhouriartes.blogspot.com/) além de outras imersões artísticas. Também estou articulando, ao lado da múltipla artista e produtora cultural Lívia Batista, uns puta eventos culturais, além de muitas e muitas e muitas outras coisas. Realmente muita coisa phoda está para ser executada, mas para isso existe toda uma etapa antes a ser realizada para que possamos botar na prática tudo que está latente na mente. A ansiedade é grande, mas aguardem... Estou ainda restruturando as coisas, sem me pressionar demais, mas agindo e trabalhando pra caralhoooo para que possamos realizar todos os nossos delírios...INCANSAVELMENTE. É momento de refletir, analisar, pensar, sem pressa, sem afobação, sem estresse e sem raiva ou frustação... Mas saibam que atrás das cortinas continuo produzindo obsessivamente, cada vez mais, por incrível que pareça!
VOCÊS NÃO TEM IDEIA O QUE ESTÁ POR VIR!!!!!
AGUARDEM!!!
Diego El Khouri, outsider da galáxia de parnaso
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Assista também esse vídeo do jornalista musical Gastão Moreira sobre os vídeos bloqueados no youtube:
Vem com a gente viver uma noite de cultura urbana, com videodança e rimas afiadas.
A Mostra do Festival D’Olhar chega junto com a Batalha de Rap da NoroCity — tudo de graça, ao ar livre e com muita potência artística!
💥 Fortalece a cena, chama a galera e cola com a gente nessa ocupação cultural!
📍 Praça do Ione, Goiânia
📍 R. JC 65, 2-64 - Jardim Curitiba 3, Goiânia - GO - 74481-380
📅 Sábado, 2 de agosto
🕕 A partir das 19h
📽 Entrada gratuita!
✨ Idealização: Mova-se Projetos Culturais
🎤 Batalha: NoroCity
🏛️ Apoio Cultural: Centro Cultural Eldorado dos Carajás
Este projeto — D’Olhar – Festival Itinerante de Dança e Vídeo — é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, operacionalizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.
Livro:UUm Passeio Pelo Caos - Contos do Cotidiano Distópico
Autor: Vinicius Canabarro
Ano: 2023
Páginas: 80
Editora: Saifers
Quando recebi "Um Passeio pelo Caos",ele era o título mais recente de Vinicius Canabarro — hoje, é seu penúltimo, visto que o autor lançou mais um escrito em 2025.
Já comentei quase todas as suas obras e, sem dúvidas, sigo admirando sua escrita crua, urgente e corajosa. Essa coletânea de oito contos distópicos mergulha em realidades que, embora pareçam ficção, estão mais próximas do que imaginamos.
Com olhar antenado em temas atuais e uma riqueza de detalhes que faz o leitor mergulhar no texto, Vinicius transforma as suas distopias em espelhos: a fome que assina contratos, a violência camuflada nas vielas sujas, o histórico olímpico esquecido na cadeira de rodas, a miséria afetiva das redes sociais e claro, a rotina enclausurada no caos urbano sufocante.
O conto 'Barra Paralela', deveria ser lido por muitos desse Brasil que ainda exalta branquitude como a maior vantagem social. A crítica racial ali é contundente e atual, lembrando bem casos reais onde a cor da pele dita sentenças de dor e morte nas principais capitais do Brasil.
O autor não escreve para entreter, mas sim para incomodar. Com uma linguagem simples, mas potente, ele nos arrasta por um passeio sombrio, onde cada página é um tapa na cara da nossa apatia. Quando digo arrasta, é porque o autor consegue prender o leitor em uma mistura de curiosidade, ansiedade e concordância com as narrativas.
Vinicius Canabarro prova, mais uma vez, que o verdadeiro horror não está no imaginário — está do lado de fora da nossa bolha, que alimentamos com nossas incoerências cotidianas.
Recomendado para quem se incomoda com os nossos traços sociais tortos, de possibilidades já descartadas pela sociedade.
Resenha por Alexandre Chakal em Julho de 2025.
Originalmente publicado na página EM CARNE VIVA E CRUA
Na manhã dessa terça-feira, dia 22 de Julho, faleceu o cantor Ozzy Osbourne, aos 76 anos. Ozzy foi membro fundador do Black Sabbath, banda que criou o Heavy Metal, um dos estilos mais queridos do mundo do Rock e teve uma carreira solo excepcional. Ozzy estava com Parkinson e é triste para todos nós, mas devemos lembrar que Ozzy viveu tudo o que quis. De um garoto pobre a um grande astro do Rock, de flanelinha nos arredores do Estádio do Aston Villa, seu clube do coração, a grande despedida no último dia 5 de Julho, onde foi reverenciado por vários artistas e fãs no mesmo estádio, ele pode dizer o seu adeus da forma mais bonita que poderia ter e ainda, arrecadou fundos para hospitais e organizações que cuidam de Parkinson e crianças. Morreu em casa, cercado pela família e rodeado de amor! Com certeza, neste momento final, Randy Rhoads, seu saudoso amigo e guitarrista que ajudou a criar a sua carreira solo após a saída do Black Sabbath, veio lhe estender a mão e dizer "Venha meu amigo, é hora de descansar.". Vá em paz, Ozzy, obrigado por sua música e inspiração!
Desenho feito por Diego El Khouri, um dos idealizadores da Editora Merda na Mão, aos 16 anos de idade (15-02-2002) inspirado na capa do álbum ao vivo Speak of the Devil, de 1982, do Ozzy Osbourne, o "Príncipe das Trevas".
Valeuu, Ozzy!!!
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Na HQ O Filósofo da Maconha prestamos em uma das páginas uma homenagem ao Ozzy (inspirado na capa do disco ao vivo Speak of the Devil, de 1982). Diego El Khouri, o desenhista dessa obra (roteiro de Fabio da Silva Barbosa) resgatou um desenho feito aos 15 anos de idade para marcar fortemente nessa HQ delirante/subversiva a influência do Ozzy Osbourne na contracultura).
O Metal Reunion Zine, surgiu com a ideia de divulgar bandas e manifestações artísticas independentes e bem distantes do mainstream, mas quando se fala de uma postagem para dizer que uma das figuras mais icônicas da cultura da música rápida e pesada se foi, não tem como deixar de lembrar o quanto da história desse jovem senhor de apenas 76 anos, que nos deixou hoje é relevante.
Tal como o grande Lemmy, Ozzy era além de um músico talentoso, um personagem que traduzia todos os sentimentos que habitam a cultura do Metal. Essa mesma que nos faz ir a shows, conhecer novas bandas, viajar e viver um estilo de vida específico até os cabelos ficarem brancos ou desaparecerem de nossas cabeças.
Ozzy é um dos principais responsáveis por dar asas a uma cultura que, se dependesse dos religiosos moralistas, políticos cretinos, armamentistas e nacionalistas fascistas, nunca teria existido — muito menos crescido — ao redor do mundo. Talvez o Heavy Metal tivesse se tornado apenas uma subcultura marginal e sem expressividade. Mas não foi. Porque figuras como Ozzy Osbourne o transformaram em movimento. Em vida. Em arte que desafia o padrão.
Vocalista fundador do Black Sabbath, banda considerada por muitos a gênese do Heavy Metal, Ozzy Osbourne elevou o som pesado a outro patamar, rompendo com padrões comerciais, desafiando moralismos hipócritas e tornando-se símbolo de resistência cultural e liberdade artística. Com sua voz inconfundível, seus excessos lendários e sua figura quase mítica — entre o profano e o divino — ele se tornou uma entidade viva do rock, que influenciou tudo: do underground mais sujo ao pop mais mainstream.
Ozzy também foi peça fundamental na construção de pontes entre o rock tradicional e o metal moderno. Referência para bandas de punk, stoner, doom, thrash, black, hardcore, nu metal e até o pop alternativo. Sua presença se fazia sentir tanto nos palcos quanto nas atitudes. O Príncipe das Trevas era uma caricatura do que muitos tentaram domesticar, mas ninguém jamais conseguiu.
Nos anos 80 e 90, ele já era uma lenda viva, mas não parou. Criou o Ozzfest, revelou talentos, incentivou novos nomes e, mais do que isso, ajudou a manter o Heavy Metal vivo quando o mundo parecia ter virado as costas para ele. Nos anos 2000, tornou-se ícone pop sem perder a identidade: seja nos reality shows com a família, seja nos discursos confusos e apaixonados que tanto amávamos. Ozzy era humano e demoníaco, frágil e indestrutível, real e mito.
Hoje, 22 de julho de 2025, o planeta perde mais que um artista. Perde um dos pilares que sustentavam a rebeldia, a arte do grito, a estética do sombrio, o humor ácido, a desobediência como virtude. Ozzy é e sempre será um símbolo do que não pode ser domado.
Fica registrado aqui o nosso sincero agradecimento ao mestre Ozzy Osbourne.
Tanta gente ruim criando raízes no planeta, e figuras como essa nos deixam. Lamentável.
cara eu nem consegui escrever nos posts da two beers tamanho o impacto dessa noticia totalmente esperada e inesperada ao mesmo tempo. É muito difícil imaginar o mundo sem o Ozzy porque ele sempre esteve ali, perto de todo mundo como algo que a gente tinha certeza que ia estar sempre ali pra gente resguardado naquele canto mais sombrio que cada um de nos tem... de tão profano Ozzy é sagrado e não tem como calcular ou pensar num mundo sem o Ozzy.... falta palavra, falta definição, uma boa parte da cultura do século XX foi embora hoje e vai demorar muito tempo pra gente digerir e entender o que realmente a mística do Ozzy Osbourne foi pra sociedade ocidental.
tipo isso, desde quando eu vi a primeira capa de um disco do Sabbath na casa do meu tio no final dos anos 80 e eu fiquei hipnotizado com aquilo, só a capa.... e meu tio virou pra mim com 10 anos de idade e falou: isso na minha época era musica de maloqueiro. Levei o disco pra casa kkk tenho ate hoje e mal sabia que ia mudar minha vida pra sempre.
e não tem como... eu so tenho banda por causa do Black Sabbath
* Segundo é idealizador da Two Beers or not Two Beers Records.
Entre lobos e morcegos
Os sentidos atentos aos medos
Desejos
Pulsões em segredo
Tentando libertar
Paz e força
No descanso eterno
Depois do limiar
Inconsciente ao que cede
Na sede de um recomeço
Cedo demais pra embarcar
Sem saber muito bem como lidar
Repensar
Sobre o quanto um brinquedo
Revela sobre o brincar
Quanto isso tudo irá durar?
A guerra porca que assustava
Agora passa a aterrorizar
Respeito infinito
Aos gritos
Sentidos
Por que ceder?
Por que cessar?
Equilíbrio para despertar
Dias melhores pra sonhar
Saber o que quer
Onde quer chegar?
Sem conexão
Não há esperanças
Sem solidão
Não há lembranças
Só o agora é o que vemos
Temos
Ao menos
Pelo que lutar.
Deixar ir
Deixar estar
Deixar viver
Deixar brilhar
Mudanças inevitáveis
A hora há de chegar
“Talvez não seja tarde demais
Para aprender a amar
E esquecer como odiar”
Um dia estaremos todos
Sem lágrimas nos trilhos
Loucos
Te vendo cantar
(De leve)
Voltando pra casa
Do lado de lá.
Nativity in Black
In Black Sabbath.
[“Filhos do túmulo (Ode to Ozzy: the Prince of Darkness escapes from MekHanTropia)”. Foto-poesias (anti)mekHanTrópicas. Fredé CF, 2025].
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Por Kell Kill
Eu ouvi Ozzy pela primeira vez aos 14 anos e pra mim foi amor a primeira ouvida, mas eu já tinha ouvido Black Sabbath em algum lugar do passado mas eu não sabia que aquela música se chamava “Changes” e muito menos que a banda se chamava Black Sabbath…
Ozzy era o meu boy band, o meu crush, o meu garoto da capa de revista, o meu namorado, minha inspiração… eu não sabia se eu realmente queria namorar ele ou ser ele… eu comprei tudo sobre ele que eu pudesse comprar, desde revistas novas, antigas, camisetas, discos, cds, tudo!!! Meus amigos me presenteava com algo sobre o Ozzy, fiz amizades com pessoas que gostava o mesmo que eu… enfim, são muitas histórias e uma delas foi que no ano de 1995 quando começava o ano letivo, eu encapei o meu caderno com um monte de colagens de fotos do Ozzy e a capa de trás eu colei o cartaz do Monster Of Rock de 1995 que tinha o nome do Ozzy, Alice Cooper etc etc aí uma menina se sentou perto de mim e disse: “Eu já vi esse cara na TV, passa o clipe dele na MTV… naquela época eu não tinha TV a cabo em casa e então eu fiz amizade com ela e todos os dias depois da escola eu ia na casa dela assistir a MTV e nós nos tornamos melhores amigas e ela começou a conhecer o rock and roll através de mim, ela me presenteou com o disco “Paranoid”, uma camiseta do Black Sabbath pra colocar na minha coleção e o falecido pai dela tinha o Black Sabbath volume 4 capa dupla e ela me deu tmb. Eu tinha coleções de fotografias e reportagens sobre o Ozzy, eu e ela quando andávamos pela rua sempre a gente ficava cantando Ozzy em inglês errado e eu perguntava a ela se poderíamos ter uma banda que se chamasse “Hellraiser”? Depois de anos fomos juntas ao concerto do Ozzy em Brasília realizar o nosso sonho de menina e principalmente o meu… se eu consegui dormir por duas horas essa noite foi muito… vocês não tem noção o quanto está doendo dentro de mim 💔
A música mais linda da carreira solo do Ozzy em relação a melodia e técnicas l, é a música Revelation (Mother Earth) Randy Rhoads com a sua formação em música clássica contribuiu magnificamente na carreira do Ozzy nos seus dois primeiros discos solo. Essa música em especial me faz me lembrar “O concerto para uma voz) de Saint Preux. Randy partiu cedo deixando um buraco no coração de Ozzy… agora eles finalmente se encontraram ♥️🙏
Última historinha que eu vou contar:
Na verdade, na verdade a primeira vez que eu tive contato com as músicas do Ozzy eu tinha 12 anos de idade e foi o disco ao vivo chamado “Speak Of The Devil” naquela época eu ainda dançava Ilariê da Xuxa e eu conhecia uma jovem senhora que tinha uma banca de jornal e revistas onde eu comprava as minhas revistas da Xuxa… aí eu fiz amizade com ela e tal… um dia ela me convidou pra ir na casa dela e lá tinha uma pilha de discos, o marido dela era metaleiro e ela era fã de U2 e era evangélica. Aí ela perguntou para mim se eu conseguiria vender aquele disco pra ela pois aquela capa de disco o Ozzy parecia o satanás (segundo ela 🤣)
Aí eu levei o disco pra minha casa escondido da minha mãe pra ela não se assustar com a capa do disco, aí eu coloquei o disco na vitrola e comecei a ouvir bem baixinho pois no fundo no fundo eu também estava com medo do disco. Minha avó brigou comigo mandando eu devolver o disco e
Ela falou que eu não era pra levar coisas do satanás pra minha casa kkkkkkk
Sério… eu tive medo do Ozzy, mas eu só fui mesmo conhecer e me apaixonar por ele aos 14 anos…
Bárbara Gripp essa história a sua mãe deve lembrar, pois a mulher da banca de jornal é ela ♥️
Ozzy partiu para eternidade 🙏
Por Denilson Reis
RIP Ozzy Osbourne (1948-2025)
Perdemos, 22/07/2025, o espetacular Ozzy Osbourne, o Príncipe das Trevas. Mais do que registrar sua passagem, aqui vai um agradecimento por ter sido uma referência em minha adolescência e que acabei levando sua rebeldia para o resto de minha vida. Conheci a carreira de Ozzy no início dos anos 1980, quando estava na minha iniciação roqueira. A figura do Ozzy chamou minha atenção com a capa do disco Bark at the Moon, onde Ozzy incorpora um Lobisomem. A imagem foi icônica para minha cabeça de adolescente. Ficava vidrado na frente da TVERS todos os sábados à tarde para esperar a possível apresentação do vídeo clipe da música e ver a transformação do Ozzy em Lobisomem. Tive uma camiseta com a clássica imagem de Ozzy e Rhoads. Jaqueta com pats do Ozzy costurada e até comprei uma sobre capa para colar no caderno que usava no segundo grau. Para mim foi normal ver todos os depoimentos que a galera postou nas redes sociais, pois quem travou contato com a carreira do Ozzy, virou fã eterno. E olha que nem comentei sobre sua banda, o Black Sabbath! Para finalizar, tive três momentos com Ozzy em shows que rolaram em Porto Alegre. O primeiro foi no Gigantinho em 2011. Depois na Monster Tour (2015), onde foi o headliner ao lado de Judas Priest e Motorhead. Por fim, em 2016, a consagração de ver Ozzy ao lado das lendas do Black Sabbath na turnê The End. Ozzy, por aqui seguiremos ouvindo o bom e velho heavy metal!
* Denilson Reis é editor do Tchê, zine que está em atividade há mais de 30 anos