segunda-feira, 6 de outubro de 2025

[Lançamento - baixe agora!] Livro traz Autobiografia do Ciberpajé: "Vida como Arte, Academia como Magia", um lançamento da Editora Marca de Fantasia

 Por Ciberpajé


Amigos, acaba de ser lançada, pela Editora Marca de Fantasia, a minha autobiografia. O livro, que surgiu de um convite da editora, foi intitulado de "Vida como Arte, Academia como Magia: Uma autobiografia artística e acadêmica" e tem na capa um retrato meu desenhado pelo mestre Mozart Couto.
O link para baixá-lo está no primeiro comentário desse post!
A obra, em formato e-book, nasceu de meu memorial para professor titular da UFG e enfoca minha trajetória como artista transmídia, pesquisador, magista, psiconauta e docente universitário, incluindo centenas de desenhos, fotos e até quadrinhos. Apresenta desde o meu começo na infância criando HQs para os zines até a atualidade com as performances do Posthuman Tantra. Sobre minha vida e obra, o notório quadrinhista e Prof. Titular da UFPB, Henrique Magalhães, destaca em seu prefácio do livro:
"Sua obra múltipla, mas com uma base comum consistente — o universo da Aurora Pós-Humana, de sua autoria —, explodiu em muitas linguagens, sempre inovadoras, e não menos revolucionárias. O reconhecimento viria em sua ampla circulação nacional e internacional, nos prêmios com que foi contemplado, na investigação atenta e meticulosa de sua obra por grandes estudiosos de vários centros universitários do mundo.
Edgar fez de sua obra também sua cátedra. Que sabedoria essa associação de vida e ensino, de vida e aprendizagem, pois que o entusiasmo com que fala de seu trabalho é proporcional ao entusiasmo com que os alunos o admiram. Esse é o melhor método de ensino, quando a matéria ensinada está impregnada com a arte e a própria vida.
A produção artística e acadêmica de Edgar é um vigoroso fluxo contínuo, uma torrente de obras, pesquisas, orientações, performances, experiências… que me pergunto, como é possível, como pode dar conta!? E vejo-o manter o mesmo ímpeto criativo de sempre, com ainda mais vigor. As Ciberpajelanças são uma prova disso, de seu incansável prazer em produzir e levar seus jovens alunos a descobrirem esse manancial de vida e arte.
Tornar-se Ciberpajé foi um ato de maturidade, uma transmutação em sua essência que lhe abriu novos caminhos, outras perspectivas. Algo de mundano se perdia, algo de transcendente lhe ganhava. Edgar é desses professores imprescindíveis de que precisa toda academia. É desses criadores inalienáveis para a promoção da inquietação artística. É um companheiro essencial para quem vê a vida como compartilhamento, gratidão e transmutação."
Serviço:

VIDA COMO ARTE, ACADEMIA COMO MAGIA: UMA AUTOBIOGRAFIA ARTÍSTICA E ACADÊMICA
Edgar Franco - Ciberpajé
Série Quadrinhos poético-filosóficos, 16. 2025, 561p.
ISBN 978-85-7999-118-9
Marca de Fantasia, Parahyba, 2025


Baixe a autobiografia do Ciberpajé agora no link:




sábado, 4 de outubro de 2025

O iluminado da sarjeta: uma pitada ácida na poesia do vagabundo outsider Edu Planchêz Maçã Silattian:


derrotado em tudo, não sei roubar 

( apenas roubo uns queijos no mercado, 

e umas cabeças de alho )...

canto um canto de merda,

sou poeta fuleiro,

um rockeiro derrotado,

dinheiro, nenhum,

berrei a vida inteira para as paredes,

e para alguns alucinados...

drogado, ex-interno de hospícios,

vagabundo sustentado por mulheres,

afirmo ser poeta, poeta de merda,

pai de merda, irmão cagão,

um vadio fodedor,

quer mais?


(edu planchêz maçã silattian)




sexta-feira, 3 de outubro de 2025

QUANDO TÁ COM O CU NA MÃO

Por Gutemberg F. Loki


Quando tá com o cu na mão 

É o silêncio máximo, absoluto 

Não passa nem sequer um fio

É o medo explícito de um puto 


Quando tá com o cu na mão 

Pensamentos saltam na mente

E pelo rosto escorre o suor frio 

E você treme feito um doente 


Quando tá com o cu na mão 

Pensa na linha que veio cruzar 

E mesmo sem acreditar em Deus,

Você começa logo a rezar!

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Da série Leitores – Cultura como munição: zines e HQ da Editora Merda na Mão no arsenal do Black Pantera

 




Os zines Blasfemo ( Diego El Khouri) e Reboco Caído (Fabio da Silva Barbosa), junto da HQ O Filósofo da Maconha (roteiro do Fabio e desenho do Diego), todos filhos bastardos da  EDITORA MERDA NA MÃO , agora atravessam o muro e aterrissam no arsenal cultural da banda Black Pantera.

Formada em Uberaba, Minas Gerais, em 2014, a Black Pantera é um trio que não pede licença nem perdão: Charles Gama (guitarra e vocal), Chaene da Gama (baixo e vocal) e Rodrigo "Pancho" Augusto (bateria). Eles vomitam crossover thrash e hardcore punk na cara do racismo e da desigualdade, empunhando riffs como armas e letras como granadas.

O nome já é um tapa: homenagem aos Panteras Negras, partido revolucionário estadunidense, aqui reencarnado em amplificadores e microfones. Agora, nossos zines e HQ se juntam a esse front, porque cultura também é munição.

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no canal do YouTubedigestivo:





sábado, 27 de setembro de 2025

Do fumo à luta: Aparecida realiza sua primeira Marcha da Maconha

 


Horário: a partir das 16:20

Local: Feira Coberta da Cidade de Vera Cruz

Batalha de rima + campeoonato de skate + vibração coletiva

Tema: Erva Santa


Ato cultural e pacífico  - pela liberdade, respeito e cuidado com a quebrada

* Leve água,  protetor solar, seu cartaz e chame a galera!

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Favela raíz


Cidadão da periferia,

da favela, da correria,

dos becos e das vielas,

realidade dura, mas bela.


Marcado pela sociedade,

apontado pela desigualdade,

carregado de preconceito e dor,

mas também de coragem e amor.


Na luta diária resiste,

na esperança persiste,

faz do pouco sua criação,

ergue o futuro com as próprias mãos.


É artista, poeta, guerreiro,

mestre de ofício, pedreiro,

moleque sonhando em brilhar,

mulher que não deixa a vida calar.


Cidadão que a elite esqueceu,

mas que nunca se perdeu,

sua voz ecoa no chão,

favela é raiz, é revolução.


Favela é berço da cultura, é tradição;

É da mãe preta chorando 

pelo sangue derramado, 

da criança pedindo um pedaço de pão…


Favela é tambor que resiste,

é batida que ecoa no peito,

é samba, é funk, é voz que não se cala.


É da viela que nasce a esperança,

do improviso que vira arte,

do suor que ergue lares e sonhos.


É berço da cultura, sim,

mas também é trincheira,

onde cada sorriso é vitória,

e cada abraço é uma revolução.


Favela é ferida e cura,

é choro e riso,

é luta que não se apaga;

É resistência e história marcada 

na chama de um povo que não se cala.


O povo não se cala e muito menos se rende.

o rap é uma arma com 12 balas no pente;

Arma carregada de muita munição,

conhecimento e cultura, somos todos irmãos!

Somos todos irmãos em busca da verdade.

Cantamos o que vivemos sem falsidade.

Pois o rap é resistência 

bate forte nos quatro cantos da cidade.

O povo não se cala diante da maldade. 

Favela e quebradas unidas nessa igualdade!

Hip hop veio do gueto vamos dar um salve!


Rap dueto:

Clarisse da Costa 

Cedric de Oliveira Felipe



Ilustração:  Clarisse da Costa

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

A MORTE MORA AO LADO.

 Por: Gutemberg F. Loki.


Ainda me lembro, quando a família Freitas veio morar na nossa rua. Eu tinha uns 11 anos e eu era a garota esquisita da rua até então. Não era a toa, usava óculos, cabelos presos, roupas compridas, era gordinha e frequentava a Igreja Pentecostal Ungidos por Deus. E pensei que tudo mudaria, quando vi a filha dos Freitas, uma garota magra, cabelos lisos pretos e compridos e com aparelho nos dentes, mas os garotos da rua e as outras meninas, gostaram dela. Os Freitas, usavam camisas pretas com estampas de roqueiros malucos e até demônios! A música que ouviam, era uma coisa bem esquisita, demoníaca e barulhenta.

   A filha dos Freitas, logo de início, tentou fazer amizade comigo, foi simpática e disse que seu nome era Amanda e eu me apresentei, "Sou a Carolina, mas pode me chamar de Carol.". Até gostei dela a princípio,  mas meu pai era o pastor da nossa igreja e disse que não era bom ter uma filha amiga de gente adoradora do diabo! Entendi a mensagem e não voltei a falar com a Amanda. 

   Ela era mais ou menos, da minha idade e quando já estava com 15 anos, parou de utilizar o aparelho nos dentes e começou a pegar mais corpo e os garotos estavam todos, sempre babando por ela. Aquela satanista era mesmo uma gata! Eu não conseguia entender o que sentia por ela, era raiva? Inveja? Desejo? Amor? Eram tantas perguntas com apenas uma resposta: Pecado! Aquela garota fazia o pecado arder dentro de mim com seu calor infernal!

   Estudávamos no mesmo colégio, mas não éramos da mesma classe. Ela estava mais adiantada do que eu, era bem mais inteligente e descolada. Eu perdi dois anos. Saí reprovada em matérias bobas como História, Português, Educação Artística e Educação Física. 

   Mas vê-la sempre, mexia muito comigo, era um horror eu deseja-la e ter que ficar sentindo uma culpa enorme, pois sabia que algo assim, era um pecado enorme também! Ah, ela era linda demais e um dia, eu não suportei mais! Não sei se foi coragem ou loucura, mas fui até a casa dela, bati na porta, sabia que ela estava sozinha e logo, ela abriu a porta da sala, sempre bonita e simpática! Estranhou a minha visita, mas perguntou se eu queria entrar. Eu disse que sim e entramos. Ela estava ouvindo uma música demoníaca, com um homem gritando feito um louco e perguntei o que era isso? Ela respondeu: "É Slayer! São ótimos, né?". A resposta dela não me serviu de nada, mas deu tempo de criar um pouco de coragem e dizer que eu precisava falar algo com ela e não sei como, me declarei! Falei que a amava, mesmo sendo ela, uma roqueira satanista! Ela riu, debochou do meu sentimento. Disse que não havia como retribuir esse amor, pois não era um tipo de amor que ela gostava. 

   Eu sentia as lágrimas escorrerem quentes em meu rosto, abri o meu coração como nunca antes havia feito e fui rejeitada! Eu sentia vergonha! Vergonha e raiva! De repente, senti o meu amor virar um ódio e me possuir, peguei uma faca dentro da minha bolsa e entramos em luta corporal. Ela estava apavorada e era mais fraca, eu dei vários golpes de faca nela! Eu dizia que, se ela não fosse minha, não seria de mais ninguém! E a chamava de "Pecadora! Pecadora!" a cada apunhalada. Quando parei, estava coberta de sangue e levantei. Fui sair pela porta, mas os vizinhos ouviram os gritos e estavam do lado de fora. Me imobilizaram e a polícia não demorou a chegar. Fui presa. Estou presa. Condenada a mais de 30 anos. Os noticiários me chamaram de Monstra.  Uma matéria num jornal dizia "A morte mora ao lado". E eu pergunto, por que não disseram, "O amor mora ao lado", se tudo que fiz, foi por amor?

      Meu pai disse que eu me perdi, que o demônio tomou a minha alma e que depois de eu pagar a Lei dos homens, chegará um dia, que acertarei as contas com as Leis de Deus. Não ligo, vivo! Vivo e amo! Pois na cela ao lado, conheci meu novo amor, Samantha, loura e bonita, matou a família e veio pra cá, pra bem pertinho de mim! Um dia me declaro pra ela...


segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Vida longa ao Ciberpajé — o xamã mutante da Aurora Pós-Humana

 



O parabéns chegou atrasado, mas nunca é tarde para celebrar o grande  Ciberpajé — artista, pesquisador e parceiro que tanto admiramos.


Ele escreveu o prefácio da HQ O Filósofo da Maconha, com roteiro de Fabio da Silva Barbosa e desenhos de  Diego El Khouri — uma contribuição que fortalece e dá ainda mais potência à obra.


Vale lembrar também que em 2021 o Ciberpajé lançou pela  Editora Merda na Mão a  HQ Renovaceno, publicação que inaugurou a sessão de quadrinhos da editora — um marco para nossa trajetória editorial.


E para completar essa parceria, o retrato do Ciberpajé que acompanha esta homenagem foi pintado pelo artista visual Diego El Khouri.


Vida longa e criativa ao Ciberpajé!



Título: Ciberpajé

Técnica: Óleo sobre papel

Dimensões: 420 x 297 mm

Artista: Diego El Khouri


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Prefácio da HQ O Filósofo da Maconha:






Título: O Filósofo da Maconha 

Roteiro: Fabio da Silva Barbosa 

Desenho: Diego El Khouri 

Prefácio: Ciberpajé 

Formato: 29,5 x 21 cm 

Páginas: 126 

Gênero: HQ

Ano: 2024

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Título: Renovaceno
Autor: Ciberpajé (Edgar Franco)
Formato: 29,5 x 21 cm
Páginas: 68
Gênero: Hq
Ano: 2021

Deu Merda 58 - Lançamento da HQ Renovaceno:





domingo, 21 de setembro de 2025

Correspondência anarquista: Merda na Mão dispara em direção à Thina Curtis

 Aterrissou no covil da zineira, roteirista e escritora Thina Curtis —  mente por trás da Fanzinada — um dardo envenenado da lisérgica e punk Editora Merda na Mão.








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HQ O Filósofo da Maconha - Roteiro de Fabio da Silva Barbosa e desenho de Diego El Khouri

 

Diego El Khouri rabiscou uma caricatura relâmpago em forma de dedicatória na primeira página da HQ O Filósofo da Maconha — um espaço reservado para retratar o leitor e deixar uma dedicatória exclusiva e explosiva. Cada exemplar adquirido carrega também uma caricatura personalizada logo na primeira página.



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Zine Blasfemo, nº 1, de Diego El Khouri:


Zine Blasfemo, nº 2, de Diego El Khouri:



Zine Blasfemo, nº 3, de Diego El Khouri:


                                Zine Reboco Caído, nº 57, de Fabio da Silva Barbosa 


Zine Religare, nº 56, de Ningu3m 






Zine produzido pelo Coletivo Mente Sativa e apoio contracultural da Editora Merda na Mão:


Diego El Khouri , um dos idealizadores da Editora Merda na Mão entrevistou a Artista por duas vezes:

Thina Curtis  e sua arte Ano: 2011 


Thina Curtis, a senhorita zine — Ano: 2017








"A Fanzinada, idealizada por Thina Curtis em 2011, é um evento cultural voltado à difusão e valorização da produção independente no formato de fanzines. Estruturada como feira, encontro e espaço de formação, a iniciativa reúne autoras e autores de diversas linguagens — literatura, quadrinhos, artes visuais, poesia e música — em torno da prática do faça você mesmo.

O projeto se consolidou como um ponto de encontro para editoras independentes, coletivos e artistas autônomos, promovendo não apenas a exposição e circulação de fanzines, mas também oficinas, debates e apresentações artísticas. Dessa forma, a Fanzinada atua como plataforma de integração, articulação e fortalecimento da cena alternativa, além de registrar a memória de uma prática cultural marcada pela autonomia e pela resistência frente às lógicas do mercado editorial tradicional."



Foto: da esquerda para a direita — Fernando Morreu, Ivan Silva, Thina Curtis e Diego El Khouri. Fanzinada, Goiânia, 2011.

sábado, 20 de setembro de 2025

Políticas Culturais, Inclusão e Perspectiva Underground

 Por Panda Reis


Salve subversivos e subversivas.

Caso tenha perdido a Live do Observatório da Cultura do Brasil sobre “Políticas Culturais, Inclusão e Perspectiva Underground “, que teve a mediação do Jornalista Rodrigo Juste Duarte (PR) e os entrevistados, Panda Reis (SP) das bandas Oligarquia e Quilombo, historiador e ativista social e Márcio Duarte (PR) da banda Tumulto e idealizador do Projeto de bateria inclusiva, segue o link abaixo para assistir a discussão extremamente importante para quem trabalha com cultura, educação, músicas e projetos envolvendo as políticas Públicas. Agradeço a força e apoio.

RESISTAM PARA EXISTIREM !!

https://www.youtube.com/watch?v=BQTFUumkaYA

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

5 poemas de Ivan Silva

 Poeira Cósmica 


Tente descobrir em que tempo estamos
Mas cuidado para não se perder consultando a futurística Inteligência Artificial ou o Calendário Gregoriano 
Ou então as bússolas,
Os jornais ao vento...
Não vamos muito longe:
Os antigos relógios que dizem cuco
Talvez nesse momento a palavra então não seja descobrir mas sim encontrar 
o que se perdeu no mapa das estrelas!

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O melhor de Si


Dar o melhor de si

Ao mesmo tempo é o máximo 

E é também o mínimo


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Amigo e Irmão

Dizem que sou carniceiro por me alimentar de restos podendo consumir algo novo. Mas que importa, dói-me o coração jogar fora um pedaço de pão, o alimento novo seja para o irmão.

Dizem que penso pequeno por não sonhar com as grandezas desse mundo social podendo conquistar e acumular bens materiais, mas que importa, corta-me a alma o lixo na beira da praia e das calçadas que com um pouco de criatividade viram peças desaparecidas de um quebra-cabeça. 

Sabe na vida o que realmente importa e vale a pena, seja do irmão o pensamento grande... Já é!

Dizem também que sou bobo por escolher sempre rumos outros diferentes dos que o mundo me oferece, mas que importa digam isso, isto ou aquilo. Esmaga-me o coração, lacera-me a alma deixar de lado um caminho pelo mundo não compreendido. 

Seja do amigo e do irmão nos caminhos a luz que levam sempre consigo


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ILEGÍVEL

Dizem que acreditar em poesia
É o mesmo que acreditar em mentira
Mas qual! Não é verdade
Isso tudo é invenção da mentira
que só diz isso
Porque o tempo todo finge sorrateiramente, mas não consegue realmente te ler!

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Aos 88



"Aos 88"


Aos 88 e ainda mantinha a disposição
de andar pelas ruas


todos os dias


vendendo cantigas que inventava cantando
e transcrevia na hora...


Ninguém comprava. Todos estavam certos
mesmo quando disseram "larga isso,
não dá futuro, vintém, dim dim!"


É, 88 anos de cantiga e caminhando,
na pindaíba, mas não deu o gostinho
ao bando de conselheiros. Viveu e morreu
cantando.

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* Retirado  do blog https://atunalgun.blogspot.com/

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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

A Brutalidade Crua de Glauco Mattoso em Deshumanismo em Dissonetto


Por: Glauco Mattoso


 Hoje me occorreu revisitar este poema do livro DESHUMANISMO EM DISSONNETTO, publicado pelo sello Merda na Mão.


DISSONNETTO PARA UMA GAROTA QUE NÃO É DE QATIF [2042]

Que tenho a declarar? Fui sequestrada,
sahindo à rua à noite, por bandidos!
Levaram-me ao seu antro e fui, por cada
um delles, suja, em todos os sentidos!

Foderam-me na bocca! Penetrada
me vi de todo lado! Meus gemidos
inuteis foram sempre, pois que nada
commove esses machões embrutescidos!

Podemos ser, nós mesmas, as culpadas?
Clemencia, meritissimo, eu lhe imploro!
Si saio condemnada deste foro,
coitadas das mulheres estupradas!

"Mulheres temptadoras são damnadas!
Culpada foi você, que os provocou!
Em nome do Senhor, pois, eu lhe dou
sentença de duzentas chibatadas!"
///



* Postado originalmente no facebunda do Glauco Mattoso: https://www.facebook.com/glauco.mattoso.9



Título: Deshumanismo em Dissonetto
Autor: Glauco Mattoso
Formato: 14X21 cm
Páginas: 208
Capa: cartão 300 c/ laminação brilho
Diagramação da capa: Jackson Abacatu
Diagramação do miolo: Fabio da Silva Barbosa
Arte da capa: Diego El Khouri
Ano: 2022

terça-feira, 16 de setembro de 2025

EU AINDA ESTOU AQUI

Por Fênix 33


Cansei de chorar feridas que não se fecham não se curam...

Ah velha Palmeira...

Jaz na memória... 

Uma vida que já não existe mais...

Apenas deja vu...

Memórias, laços, pessoas...

Estabilidade residencial...

Fita pra mais de metro nessa caótica ganância humana...

História geracional...

Eu acho até graça...

Daqui  só vou levar o que eu vivi...

E olha que eu tô vivendo!

O sonho da minha vida em meio a guerra interplanetária de sobrevivência...

Mas a audiência tá ligada!

Acompanhando mortes e ressurreiçoēs...

Sem interferências ou código postal...

Das infinitas porradas da vida eu aprendi...

Quando soltaram minha mão no meio do inferno, eu persisti...

Anjos sustentaram feridas abertas...

Que provavelmente nunca vão se fechar...

Afeto imposto,  isso sim é utopia!

E eu cansei de coçar as feridas...

Perdi a ingenuidade ...

Serasa era algo de outro mundo...

Já a dor sempre foi dessa vida...

Nem era pra ter nascido!

Indesejada , peso, fardo, problema!

Peguei essa fita e transformei em poesia...

Emancipação em melodia...

Violência em propósito de vida...

Aprendi o significado da palavra amor próprio...

Toda vez que recebi ódio retribui amor...

Mas também entendi o que è reciprocidade...

Consciência tranquila, Guerreira de fé!

Nessa vibe eu não sufoco o roteirista...

Pois eu tenho a fé de Jó!

E quem vive de passado é museu...

Jaz aquela Andressa morta e enterrada...

A consciência é dolorida mas a ilusão é uma farsa...

E eu só tenho o agora...

E o agora é o próprio sonho vivo!

Em meio ao morre, queima e renasce...

Mas olha só...

Contrariando o todo...

Eu ainda estou aqui!


FÊNIX 33



                 https://www.instagram.com/p/DOmdWATjAuE/?igsh=MWt6Y3U0cTU2OWgzaA==

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

RIFA CULTURAL DA EDITORA MERDA NA MÃO — A ARTE QUE SANGRA!

 


Anunciamos hoje a rifa  cultural da Editora Merda na Mão.  Por apenas 10 reais você concorre a um pacote que reúne o que há de mais de sujo,  poético  e visceral da cena:


HQ O Filósofo da Maconha – 126 páginas de delírio chapado, suor e fumaça.



Julguem-me!, o livro de poesia maldita da infame Indy Sales.



e zines vomitados direto das tripas do subterrâneo:



Zine Blasfemo nº 1, de Diego El Khouri



Zine Blasfemo nº 2, de Diego El Khouri




Zine Blasfemo nº 3, de Diego El Khouri



Zine Reboco Caído nº 69, de Fabio da Silva Barbosa



Zine Religare, de Ningu3m


 Data: 19/10/2025

 Hora: 15h, ao vivo no Instagrado da @editoramerdanamao


 Email: editoramerdanamao@yahoo.com

 Pix: elkhourisousa@gmail.com


EDITORA MERDA NA MÃO


Publicando os impublicáveis