Por Clarisse da Costa
Era só abrir uma caixa para ver nas fotografias, cartas, cartões, selos e livros, parte de uma história.
Não era o seu quarto e nem as suas memórias. Tudo era lindo, calmo e confortável, porém estava ali num conflito interno, sair ou ficar. Entre o impulso de fugir e o desejo de ficar, descobriu que o conflito não era sobre o lugar, mas sobre o que despertava nela: a vontade de pertencer a alguma história, mesmo que não fosse a sua.
Entretanto, ela não tinha liberdade para decidir. Tinha de enfrentar uma diplomacia injusta. Era como se estivesse em Vênus, mas na verdade ali era o planeta terra. Caótico, barulhento, intenso e lindo ao mesmo tempo! Um planeta que ardia não só pelo calor, mas pelas almas que o habitavam!

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