Por Alexandre Chakal
Ela morre as seis da manhã.
Ele nasce às seis da tarde.
Ela morre na luz do dia.
Ele vive no escuro da noite.
O eclipse eterno castra a luz
O frio cáustico moe os ossos.
O dia desejado, é desimado.
A noite inerte, é devorada.
Olhos que se adaptam.
Peles que arrepiam.
Ossos que tremem.
Falas que regridem.
O eclipse eterno é o que é.
O fim da fotossíntese.
A ausência da vitamina D.
O frio constante de doer.
Oh exuberante lua negra.
Oh invisivel frio cruel.
Oh sol distante apagado.
Oh povo em dor, abandonado.
No fim do pavio, a explosão.
No fim da estrada, o abismo.
No fim do túnel, os destroços.
No fim do poema, remorsos.
* Alexandre Chakal é vocalista da banda Thrashera e editor do blog Metal Reunion Zine ( http://metalreunionzine.blogspot.com )
* ilustração gerada por "inteligência artificial"
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