por fabio da silva barbosa
deitad@ em seu leito de morte
suspirava em agonia profunda
expressando que o fim não seria melhor que qualquer outra parte deste escárnio maldito e miserável
que nos brinda com colheradas de fel incessantemente empurradas goela abaixo
os olhos iam se apagando
parecendo
por um momento
mergulhar no tão merecido descanso
o brilho dá lugar a uma cor indefinida e opaca
os lábios secos deixavam escapar os pequenos gemidos
demonstrando que a aparente paz em que o corpo esquelético e contorcido se encaminhava
era só mais um truque da mão sádica do maldito jogador
mais um golpe sem misericórdia na carcaça que sucumbe
mais um blefe sarcástico da máquina de moer
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