Cidadão da periferia,
da favela, da correria,
dos becos e das vielas,
realidade dura, mas bela.
Marcado pela sociedade,
apontado pela desigualdade,
carregado de preconceito e dor,
mas também de coragem e amor.
Na luta diária resiste,
na esperança persiste,
faz do pouco sua criação,
ergue o futuro com as próprias mãos.
É artista, poeta, guerreiro,
mestre de ofício, pedreiro,
moleque sonhando em brilhar,
mulher que não deixa a vida calar.
Cidadão que a elite esqueceu,
mas que nunca se perdeu,
sua voz ecoa no chão,
favela é raiz, é revolução.
Favela é berço da cultura, é tradição;
É da mãe preta chorando
pelo sangue derramado,
da criança pedindo um pedaço de pão…
Favela é tambor que resiste,
é batida que ecoa no peito,
é samba, é funk, é voz que não se cala.
É da viela que nasce a esperança,
do improviso que vira arte,
do suor que ergue lares e sonhos.
É berço da cultura, sim,
mas também é trincheira,
onde cada sorriso é vitória,
e cada abraço é uma revolução.
Favela é ferida e cura,
é choro e riso,
é luta que não se apaga;
É resistência e história marcada
na chama de um povo que não se cala.
O povo não se cala e muito menos se rende.
o rap é uma arma com 12 balas no pente;
Arma carregada de muita munição,
conhecimento e cultura, somos todos irmãos!
Somos todos irmãos em busca da verdade.
Cantamos o que vivemos sem falsidade.
Pois o rap é resistência
bate forte nos quatro cantos da cidade.
O povo não se cala diante da maldade.
Favela e quebradas unidas nessa igualdade!
Hip hop veio do gueto vamos dar um salve!
Rap dueto:
Clarisse da Costa
Cedric de Oliveira Felipe
Ilustração: Clarisse da Costa
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