sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Favela raíz


Cidadão da periferia,

da favela, da correria,

dos becos e das vielas,

realidade dura, mas bela.


Marcado pela sociedade,

apontado pela desigualdade,

carregado de preconceito e dor,

mas também de coragem e amor.


Na luta diária resiste,

na esperança persiste,

faz do pouco sua criação,

ergue o futuro com as próprias mãos.


É artista, poeta, guerreiro,

mestre de ofício, pedreiro,

moleque sonhando em brilhar,

mulher que não deixa a vida calar.


Cidadão que a elite esqueceu,

mas que nunca se perdeu,

sua voz ecoa no chão,

favela é raiz, é revolução.


Favela é berço da cultura, é tradição;

É da mãe preta chorando 

pelo sangue derramado, 

da criança pedindo um pedaço de pão…


Favela é tambor que resiste,

é batida que ecoa no peito,

é samba, é funk, é voz que não se cala.


É da viela que nasce a esperança,

do improviso que vira arte,

do suor que ergue lares e sonhos.


É berço da cultura, sim,

mas também é trincheira,

onde cada sorriso é vitória,

e cada abraço é uma revolução.


Favela é ferida e cura,

é choro e riso,

é luta que não se apaga;

É resistência e história marcada 

na chama de um povo que não se cala.


O povo não se cala e muito menos se rende.

o rap é uma arma com 12 balas no pente;

Arma carregada de muita munição,

conhecimento e cultura, somos todos irmãos!

Somos todos irmãos em busca da verdade.

Cantamos o que vivemos sem falsidade.

Pois o rap é resistência 

bate forte nos quatro cantos da cidade.

O povo não se cala diante da maldade. 

Favela e quebradas unidas nessa igualdade!

Hip hop veio do gueto vamos dar um salve!


Rap dueto:

Clarisse da Costa 

Cedric de Oliveira Felipe



Ilustração:  Clarisse da Costa

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