O curta canábico que cruzou fronteiras e incendiou telas em vários países pelo mundo agora aporta em Goiânia.
Trailer do curta:
https://youtu.be/tZc9a-6Sk5k?si=xeJBOVg97Gj8xG1g
O curta canábico que cruzou fronteiras e incendiou telas em vários países pelo mundo agora aporta em Goiânia.
Trailer do curta:
https://youtu.be/tZc9a-6Sk5k?si=xeJBOVg97Gj8xG1g
Horário: a partir das 16:20
Local: Feira Coberta da Cidade de Vera Cruz
Batalha de rima + campeoonato de skate + vibração coletiva
Tema: Erva Santa
Cidadão da periferia,
da favela, da correria,
dos becos e das vielas,
realidade dura, mas bela.
Marcado pela sociedade,
apontado pela desigualdade,
carregado de preconceito e dor,
mas também de coragem e amor.
Na luta diária resiste,
na esperança persiste,
faz do pouco sua criação,
ergue o futuro com as próprias mãos.
É artista, poeta, guerreiro,
mestre de ofício, pedreiro,
moleque sonhando em brilhar,
mulher que não deixa a vida calar.
Cidadão que a elite esqueceu,
mas que nunca se perdeu,
sua voz ecoa no chão,
favela é raiz, é revolução.
Favela é berço da cultura, é tradição;
É da mãe preta chorando
pelo sangue derramado,
da criança pedindo um pedaço de pão…
Favela é tambor que resiste,
é batida que ecoa no peito,
é samba, é funk, é voz que não se cala.
É da viela que nasce a esperança,
do improviso que vira arte,
do suor que ergue lares e sonhos.
É berço da cultura, sim,
mas também é trincheira,
onde cada sorriso é vitória,
e cada abraço é uma revolução.
Favela é ferida e cura,
é choro e riso,
é luta que não se apaga;
É resistência e história marcada
na chama de um povo que não se cala.
O povo não se cala e muito menos se rende.
o rap é uma arma com 12 balas no pente;
Arma carregada de muita munição,
conhecimento e cultura, somos todos irmãos!
Somos todos irmãos em busca da verdade.
Cantamos o que vivemos sem falsidade.
Pois o rap é resistência
bate forte nos quatro cantos da cidade.
O povo não se cala diante da maldade.
Favela e quebradas unidas nessa igualdade!
Hip hop veio do gueto vamos dar um salve!
Rap dueto:
Clarisse da Costa
Cedric de Oliveira Felipe
Ilustração: Clarisse da Costa
Por: Gutemberg F. Loki.
Ainda me lembro, quando a família Freitas veio morar na nossa rua. Eu tinha uns 11 anos e eu era a garota esquisita da rua até então. Não era a toa, usava óculos, cabelos presos, roupas compridas, era gordinha e frequentava a Igreja Pentecostal Ungidos por Deus. E pensei que tudo mudaria, quando vi a filha dos Freitas, uma garota magra, cabelos lisos pretos e compridos e com aparelho nos dentes, mas os garotos da rua e as outras meninas, gostaram dela. Os Freitas, usavam camisas pretas com estampas de roqueiros malucos e até demônios! A música que ouviam, era uma coisa bem esquisita, demoníaca e barulhenta.
A filha dos Freitas, logo de início, tentou fazer amizade comigo, foi simpática e disse que seu nome era Amanda e eu me apresentei, "Sou a Carolina, mas pode me chamar de Carol.". Até gostei dela a princípio, mas meu pai era o pastor da nossa igreja e disse que não era bom ter uma filha amiga de gente adoradora do diabo! Entendi a mensagem e não voltei a falar com a Amanda.
Ela era mais ou menos, da minha idade e quando já estava com 15 anos, parou de utilizar o aparelho nos dentes e começou a pegar mais corpo e os garotos estavam todos, sempre babando por ela. Aquela satanista era mesmo uma gata! Eu não conseguia entender o que sentia por ela, era raiva? Inveja? Desejo? Amor? Eram tantas perguntas com apenas uma resposta: Pecado! Aquela garota fazia o pecado arder dentro de mim com seu calor infernal!
Estudávamos no mesmo colégio, mas não éramos da mesma classe. Ela estava mais adiantada do que eu, era bem mais inteligente e descolada. Eu perdi dois anos. Saí reprovada em matérias bobas como História, Português, Educação Artística e Educação Física.
Mas vê-la sempre, mexia muito comigo, era um horror eu deseja-la e ter que ficar sentindo uma culpa enorme, pois sabia que algo assim, era um pecado enorme também! Ah, ela era linda demais e um dia, eu não suportei mais! Não sei se foi coragem ou loucura, mas fui até a casa dela, bati na porta, sabia que ela estava sozinha e logo, ela abriu a porta da sala, sempre bonita e simpática! Estranhou a minha visita, mas perguntou se eu queria entrar. Eu disse que sim e entramos. Ela estava ouvindo uma música demoníaca, com um homem gritando feito um louco e perguntei o que era isso? Ela respondeu: "É Slayer! São ótimos, né?". A resposta dela não me serviu de nada, mas deu tempo de criar um pouco de coragem e dizer que eu precisava falar algo com ela e não sei como, me declarei! Falei que a amava, mesmo sendo ela, uma roqueira satanista! Ela riu, debochou do meu sentimento. Disse que não havia como retribuir esse amor, pois não era um tipo de amor que ela gostava.
Eu sentia as lágrimas escorrerem quentes em meu rosto, abri o meu coração como nunca antes havia feito e fui rejeitada! Eu sentia vergonha! Vergonha e raiva! De repente, senti o meu amor virar um ódio e me possuir, peguei uma faca dentro da minha bolsa e entramos em luta corporal. Ela estava apavorada e era mais fraca, eu dei vários golpes de faca nela! Eu dizia que, se ela não fosse minha, não seria de mais ninguém! E a chamava de "Pecadora! Pecadora!" a cada apunhalada. Quando parei, estava coberta de sangue e levantei. Fui sair pela porta, mas os vizinhos ouviram os gritos e estavam do lado de fora. Me imobilizaram e a polícia não demorou a chegar. Fui presa. Estou presa. Condenada a mais de 30 anos. Os noticiários me chamaram de Monstra. Uma matéria num jornal dizia "A morte mora ao lado". E eu pergunto, por que não disseram, "O amor mora ao lado", se tudo que fiz, foi por amor?
Meu pai disse que eu me perdi, que o demônio tomou a minha alma e que depois de eu pagar a Lei dos homens, chegará um dia, que acertarei as contas com as Leis de Deus. Não ligo, vivo! Vivo e amo! Pois na cela ao lado, conheci meu novo amor, Samantha, loura e bonita, matou a família e veio pra cá, pra bem pertinho de mim! Um dia me declaro pra ela...
O parabéns chegou atrasado, mas nunca é tarde para celebrar o grande Ciberpajé — artista, pesquisador e parceiro que tanto admiramos.
Ele escreveu o prefácio da HQ O Filósofo da Maconha, com roteiro de Fabio da Silva Barbosa e desenhos de Diego El Khouri — uma contribuição que fortalece e dá ainda mais potência à obra.
Vale lembrar também que em 2021 o Ciberpajé lançou pela Editora Merda na Mão a HQ Renovaceno, publicação que inaugurou a sessão de quadrinhos da editora — um marco para nossa trajetória editorial.
E para completar essa parceria, o retrato do Ciberpajé que acompanha esta homenagem foi pintado pelo artista visual Diego El Khouri.
Vida longa e criativa ao Ciberpajé!
Título: Ciberpajé
Técnica: Óleo sobre papel
Dimensões: 420 x 297 mm
Artista: Diego El Khouri
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Prefácio da HQ O Filósofo da Maconha:
Título: O Filósofo da Maconha
Roteiro: Fabio da Silva Barbosa
Desenho: Diego El Khouri
Prefácio: Ciberpajé
Formato: 29,5 x 21 cm
Páginas: 126
Gênero: HQ
Ano: 2024
Aterrissou no covil da zineira, roteirista e escritora Thina Curtis — mente por trás da Fanzinada — um dardo envenenado da lisérgica e punk Editora Merda na Mão.
Zine Blasfemo, nº 2, de Diego El Khouri:
"A Fanzinada, idealizada por Thina Curtis em 2011, é um evento cultural voltado à difusão e valorização da produção independente no formato de fanzines. Estruturada como feira, encontro e espaço de formação, a iniciativa reúne autoras e autores de diversas linguagens — literatura, quadrinhos, artes visuais, poesia e música — em torno da prática do faça você mesmo.
O projeto se consolidou como um ponto de encontro para editoras independentes, coletivos e artistas autônomos, promovendo não apenas a exposição e circulação de fanzines, mas também oficinas, debates e apresentações artísticas. Dessa forma, a Fanzinada atua como plataforma de integração, articulação e fortalecimento da cena alternativa, além de registrar a memória de uma prática cultural marcada pela autonomia e pela resistência frente às lógicas do mercado editorial tradicional."
Por Panda Reis
Salve subversivos e subversivas.
Caso tenha perdido a Live do Observatório da Cultura do Brasil sobre “Políticas Culturais, Inclusão e Perspectiva Underground “, que teve a mediação do Jornalista Rodrigo Juste Duarte (PR) e os entrevistados, Panda Reis (SP) das bandas Oligarquia e Quilombo, historiador e ativista social e Márcio Duarte (PR) da banda Tumulto e idealizador do Projeto de bateria inclusiva, segue o link abaixo para assistir a discussão extremamente importante para quem trabalha com cultura, educação, músicas e projetos envolvendo as políticas Públicas. Agradeço a força e apoio.
RESISTAM PARA EXISTIREM !!
Poeira Cósmica
Dar o melhor de si
Ao mesmo tempo é o máximo
E é também o mínimo
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Dizem que sou carniceiro por me alimentar de restos podendo consumir algo novo. Mas que importa, dói-me o coração jogar fora um pedaço de pão, o alimento novo seja para o irmão.
Dizem que penso pequeno por não sonhar com as grandezas desse mundo social podendo conquistar e acumular bens materiais, mas que importa, corta-me a alma o lixo na beira da praia e das calçadas que com um pouco de criatividade viram peças desaparecidas de um quebra-cabeça.
Sabe na vida o que realmente importa e vale a pena, seja do irmão o pensamento grande... Já é!
Dizem também que sou bobo por escolher sempre rumos outros diferentes dos que o mundo me oferece, mas que importa digam isso, isto ou aquilo. Esmaga-me o coração, lacera-me a alma deixar de lado um caminho pelo mundo não compreendido.
Seja do amigo e do irmão nos caminhos a luz que levam sempre consigo
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Dizem que acreditar em poesia
É o mesmo que acreditar em mentira
Mas qual! Não é verdade
Isso tudo é invenção da mentira
que só diz isso
Porque o tempo todo finge sorrateiramente, mas não consegue realmente te ler!
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Por: Glauco Mattoso
Hoje me occorreu revisitar este poema do livro DESHUMANISMO EM DISSONNETTO, publicado pelo sello Merda na Mão.
Por Fênix 33
Cansei de chorar feridas que não se fecham não se curam...
Ah velha Palmeira...
Jaz na memória...
Uma vida que já não existe mais...
Apenas deja vu...
Memórias, laços, pessoas...
Estabilidade residencial...
Fita pra mais de metro nessa caótica ganância humana...
História geracional...
Eu acho até graça...
Daqui só vou levar o que eu vivi...
E olha que eu tô vivendo!
O sonho da minha vida em meio a guerra interplanetária de sobrevivência...
Mas a audiência tá ligada!
Acompanhando mortes e ressurreiçoēs...
Sem interferências ou código postal...
Das infinitas porradas da vida eu aprendi...
Quando soltaram minha mão no meio do inferno, eu persisti...
Anjos sustentaram feridas abertas...
Que provavelmente nunca vão se fechar...
Afeto imposto, isso sim é utopia!
E eu cansei de coçar as feridas...
Perdi a ingenuidade ...
Serasa era algo de outro mundo...
Já a dor sempre foi dessa vida...
Nem era pra ter nascido!
Indesejada , peso, fardo, problema!
Peguei essa fita e transformei em poesia...
Emancipação em melodia...
Violência em propósito de vida...
Aprendi o significado da palavra amor próprio...
Toda vez que recebi ódio retribui amor...
Mas também entendi o que è reciprocidade...
Consciência tranquila, Guerreira de fé!
Nessa vibe eu não sufoco o roteirista...
Pois eu tenho a fé de Jó!
E quem vive de passado é museu...
Jaz aquela Andressa morta e enterrada...
A consciência é dolorida mas a ilusão é uma farsa...
E eu só tenho o agora...
E o agora é o próprio sonho vivo!
Em meio ao morre, queima e renasce...
Mas olha só...
Contrariando o todo...
Eu ainda estou aqui!
FÊNIX 33
https://www.instagram.com/p/DOmdWATjAuE/?igsh=MWt6Y3U0cTU2OWgzaA==
Anunciamos hoje a rifa cultural da Editora Merda na Mão. Por apenas 10 reais você concorre a um pacote que reúne o que há de mais de sujo, poético e visceral da cena:
HQ O Filósofo da Maconha – 126 páginas de delírio chapado, suor e fumaça.
Julguem-me!, o livro de poesia maldita da infame Indy Sales.
e zines vomitados direto das tripas do subterrâneo:
Zine Blasfemo nº 1, de Diego El Khouri
Data: 19/10/2025
Hora: 15h, ao vivo no Instagrado da @editoramerdanamao
Email: editoramerdanamao@yahoo.com
Pix: elkhourisousa@gmail.com
EDITORA MERDA NA MÃO
Publicando os impublicáveis
quando a depressão volta a visitar
o velho guerreiro
totalmente enlouquecido
pelas piores misérias da vida
só lhe resta a proteção do copo sujo
empunhando o cigarro
como poderosa lança
suspensa no espaço
entre tosses e escarros
afinal
é só mais uma frustração
pesando nesse peito
de carne e osso
Agradecimento
Ontem à noite tive a alegria de participar do CRJ Todas as Tribos Podcast, ao lado da minha companheira de vida e parceira de arte, Lívia Batista , idealizadora do Festival de Videodança D’Olhar (@dolharfestival ).
Foi uma conversa intensa e necessária sobre arte, resistência cultural, publicações independentes e as lutas que atravessam nosso fazer artístico em meio a esse caos vigente.
Quero agradecer aos apresentadores Rogério Nery e Natal Daris pela troca de ideia, pelo importante espaço da cena underground e pelo diálogo que fortalece quem acredita no poder transformador da arte.
Seguimos juntos, na rua e na palavra, com a Editora Merda na Mão e com todos que acreditam que a insurgência cultural é fundamental na vida.
Diego El Khouri, 09/09/2025
Diego El Khouri, neste vídeo, desenha a caricatura do Piratha na primeira página da HQ O Filósofo da Maconha — espaço reservado para retratar o leitor e soltar uma dedicatória exclusiva e explosiva.
Cada pessoa que adquirir a HQ, com 126 páginas, recebe também sua caricatura personalizada logo na primeira página.