Poeta artesão
Com seus versos
Vive a costurar
Um novo amanhecer
Tece nas páginas
Do tempo, as
Trilhas dos que
São esquecidos
Com seu tear
O poeta enlaça
A rede de sorrisos
Tímidos saídos da
Boca do povo
O poeta remenda
A cidade com a
Leveza dos pássaros
Que o fazem sonhar
Em suas horas vagas
O poeta anda pelos
Bares e vielas
Destilando a cor da esperança.
Guilherme de Andrade
O sorteio do apoio cultural (se ainda não reservou seu número, corre que dá tempo - https://editoramerdanamao.blogspot.com/2021/02/reagendando-o-sorteio.html) estará rolando dia 03/04, durante o Deu Merda com a Mostra Grampo, abrindo o mês de aniversário da Editora Merda na Mão.
Entrando neste segundo ano, a Editora traz um mês de programações muito especiais.
Acompanhem pelo blog e demais endereços da EMNM.
Sensitivo
O samba da mangueira
Embala minha alma
Trazendo-me uma paz
Conquistada sob muita luta
O samba da mangueira
Chega a primeira estação
De meu vadio coração
Retirando minha melancolia
O samba da mangueira
Com Clementina de Jesus
Nelson Cavaquinho
Cartola, Alcione, Nelson Sargento
Xangô, Carlos Cachaça, Beth Carvalho
E Jamelão vem convidando para a
Grande festa no velho barracão
O samba da mangueira
Precisa de tambor e violão
E todos são tomados
Pela cadência e emoção
O samba da mangueira
Traz para minha vida
Uma grande euforia
Nas manhãs de carnaval
O samba da mangueira
Canta a nossa favela
Entoa nosso pesar
Exala nossa cultura.
Guilherme de Andrade
Para conhecer nosso catálogo
Perspectiva
Meu olhar passeia
Pelos quatro cantos
Dessa cidade
Tudo o que sinto é
Externo a mim
Vem do trabalhador
Seja formal ou informal
Vem também do desempregado
Do que passa sufoco,
Tudo que vem até mim
Vem do povo, de gente
Comum, assim como eu
Tenho comigo ideias
Não sou o dono da verdade
Mas, esse mundo do jeito que tá
Certamente, já deu o que tinha que dá
Ou mudamos as coisas do jeito que estão
Ou vamos em direção a extinção
Minha perspectiva em matéria de poesia
Posso afirmar que enxergo melhor
Com o olho esquerdo
Guilherme de Andrade
De: Radio Rota 220
Para:
16/03/2021, 17:07
Pessoal, boa tarde, boa noite e bom dia.
Além disso, precisamos dos equipamentos para ajudar alguns parceiros, pois editamos áudios para eles de forma colaborativa, fazemos flyers para parceiros e bandas também.
Porém, infelizmente nossos equipamentos de computação são muito precários e eles estão sobrevivendo com a ajuda de aparelhos e não temos grana o suficiente para arcar com tudo. Tudo que fazemos é de forma totalmente independente. Então, se vocês conhecem o nosso trabalho, gostam de ouvir um bom Rock n` Roll, e curti a galera que faz arte independente, nos ajude com essa simples doação. Divulgue nas redes sociais e marquem a gente, por gentileza. @radiorota220
Agradecemos toda ajuda possível!
No Expressão Liberta:
- http://expressaoliberta.blogspot.com/2021/03/um-monte-de-reboco-caido-53-54-55-56-57.html
- http://expressaoliberta.blogspot.com/2021/03/reboco-caido-numero-52-jogando-merda-no.html
- http://expressaoliberta.blogspot.com/2021/02/reboco-caido-51-talvez-ainda-de-pra.html
No Metal Reunion:
- https://metalreunionzine.blogspot.com/2021/03/editora-merda-na-mao-programa-aleluia.html
- https://metalreunionzine.blogspot.com/2021/03/fanzine-arte-obscura-1-e-livro-poesia.html
- https://metalreunionzine.blogspot.com/2021/03/editora-merda-na-mao-reagendando-o.html
As Feridas
Viajo num barco pequeno
Junto aos periféricos
Navegamos pelas feridas
Incicatrizaveis de nossa existência
Vemos, sobretudo, o sangue quente
Passando por nossas veias
Feito os rios que banham
Toda a America Latina
Corre pela epiderme
As vivências duras
Que roem o coração
E assombram
Até mesmo o sol
Que nascerá amanhã
Com as incertezas de ontem
Porém, seguimos, juntos
Por nossas feridas
Sobre essa nau capenga
Pelo imenso oceano
Da desesperança
Tentando desbravar o
Início da vida,
Buscando construir a
Primavera periférica
Guilherme de Andrade
https://radioroota220.blogspot.com/https://radioroota220.blogspot.com/
https://zeno.fm/radiorota-220/
A TRILHA SONORA DO FIM DO MUNDO está chegando
Algumas cópias do Fanzine Arte Obscura #1 e do livro Poesia Podre estão disponíveis na Europa pela Hell Store – Holanda
Infos:
Em breve a Editora Merda na Mão vai publicar a HQ Russa Gazelle of Death.
Na foto
uma pequena amostra
deste excelente trabalho
Roteiro : Denis Alekseev (@gazelleofalekseev)
Um virus rompe o tímpano de quem me escuta cantar e pede para eu parar
Meu amor não é mais pretensioso e eu nem lembro mais a finalidade da vida além de vencer cada idade
Agradecendo na mais profunda profundeza que meu pulmão aguenta mergulhar no fundo do mar
Selando minha cabeça com o escuro do mundo
Sombreando a moda, complexificando a urbanidade
Mortos são assaltados à mão viva na saída dos xopins cemitérios
Aldeias atras de aldeias, não há uma pedrinha no horizonte que dê fim a vista
Meus olhos são demônios
Vim apagar a luz e te beijar na beira da capivara
Tranquilo
Porque a policia já me conhece,
Não preciso fugir hoje
Thiago Morés
Por: Guilherme de Andrade
Era uma noite de verão
Helena, resolveu sair de casa
E subir o morro até o topo
Sentou -se no campinho
Ficou olhando o céu
Encarando as estrelas
Em um súbito momento
Passa rápido, tão veloz
Quase Helena não vê
Uma estrela cadente
Em seu coração,
Em plena noite de Janeiro
Helena faz um pedido
- Quero que a violência
Não assole mais a favela.
